Sepultado corpo de menino atacado por Pitbull em Capão da Canoa

Sepultado corpo de menino atacado por Pitbull em Capão da Canoa

Criança de cinco anos brincava próximo ao cão na casa de um vizinho

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

Sepultado corpo de menino atacado por Pitbull em Capão da Canoa

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Foi sepultado na tarde desta quarta-feira, no Cemitério Municipal de Capão da Canoa, o corpo de Gustavo Nunes de Souza, de cinco anos, que morreu nessa terça-feira após o ataque de um Pitbull, no bairro Santa Luzia. O velório ocorria desde a madrugada na Capela Municipal.

O menino brincava na casa do vizinho com uma menina de 11 anos, enteada do dono do animal, quando ocorreu a tragédia. A dupla jogava videogame e o menino resolveu ir até o pátio da residência para se banhar em uma piscina plástica que ficava próxima do cão, segundo explicou o padrasto da garota à delegada Walquiria Meder. O animal estava amarrado, mas conseguiu alcançar a vítima. A policial confirmou que as crianças, que eram vizinhas, estavam sozinhas no momento do incidente. O menino atacado foi reanimado e levado ao Hospital Santa Luzia, no município. Em função da gravidade dos ferimentos, a criança foi transferida de avião para o HPS de Porto Alegre, onde morreu. Uma das mordidas foi no pescoço do menino.

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a possibilidade de crime de homicídio culposo (sem intenção de matar). A delegada Walquiria afirmou que um levantamento inicial do local apurou que o animal era mantido em condições adequadas de segurança. A polícia tenta descobrir porque a criança estava sem a supervisão de um adulto na casa do vizinho. A delegada informou que, se for comprovada negligência dos pais, eles poderão ser responsabilizados, mas também cogitou concluir o inquérito, nos próximos 30 dias, sem o indiciamento de ninguém, sugerindo ter ocorrido uma fatalidade. “A única coisa que eu descarto é responsabilizar o cão e a criança”, disse.

O cão foi sacrificado por um policial depois de ter sido ferido por um morador do bairro Santa Luzia, que utilizou um espeto para fazer o Pitbull soltar a criança. Os policiais tiveram de conter populares, que queriam invadir a residência do proprietário do animal.

Alerta dos vizinhos

A presença de Tigre, o Pitbull que atacou Gustavo, era temida por moradores da rua Gaspar Grizza. Vizinhos relatam que era comum o cão andar solto pela rua, o que assustava principalmente as crianças. “Ele pulava o muro e rasgava o lixo da lixeira, tanto de noite quanto de dia”, contou a doméstica Evanete de Souza Quadros, 39 anos, que disse ter visto o ataque. Alguns moradores chegaram a reclamar com o dono do animal. “Muita gente foi dar queixa. Quando ele ficava na rua todo mundo ficava assustado”, contou a diarista Maria Aparecida Negruni de Fraga, 46 anos, prima da vítima.

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