Sepultado corpo de menino atacado por Pitbull em Capão da Canoa
Criança de cinco anos brincava próximo ao cão na casa de um vizinho
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O menino brincava na casa do vizinho com uma menina de 11 anos, enteada do dono do animal, quando ocorreu a tragédia. A dupla jogava videogame e o menino resolveu ir até o pátio da residência para se banhar em uma piscina plástica que ficava próxima do cão, segundo explicou o padrasto da garota à delegada Walquiria Meder. O animal estava amarrado, mas conseguiu alcançar a vítima. A policial confirmou que as crianças, que eram vizinhas, estavam sozinhas no momento do incidente. O menino atacado foi reanimado e levado ao Hospital Santa Luzia, no município. Em função da gravidade dos ferimentos, a criança foi transferida de avião para o HPS de Porto Alegre, onde morreu. Uma das mordidas foi no pescoço do menino.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a possibilidade de crime de homicídio culposo (sem intenção de matar). A delegada Walquiria afirmou que um levantamento inicial do local apurou que o animal era mantido em condições adequadas de segurança. A polícia tenta descobrir porque a criança estava sem a supervisão de um adulto na casa do vizinho. A delegada informou que, se for comprovada negligência dos pais, eles poderão ser responsabilizados, mas também cogitou concluir o inquérito, nos próximos 30 dias, sem o indiciamento de ninguém, sugerindo ter ocorrido uma fatalidade. “A única coisa que eu descarto é responsabilizar o cão e a criança”, disse.
O cão foi sacrificado por um policial depois de ter sido ferido por um morador do bairro Santa Luzia, que utilizou um espeto para fazer o Pitbull soltar a criança. Os policiais tiveram de conter populares, que queriam invadir a residência do proprietário do animal.
Alerta dos vizinhos
A presença de Tigre, o Pitbull que atacou Gustavo, era temida por moradores da rua Gaspar Grizza. Vizinhos relatam que era comum o cão andar solto pela rua, o que assustava principalmente as crianças. “Ele pulava o muro e rasgava o lixo da lixeira, tanto de noite quanto de dia”, contou a doméstica Evanete de Souza Quadros, 39 anos, que disse ter visto o ataque. Alguns moradores chegaram a reclamar com o dono do animal. “Muita gente foi dar queixa. Quando ele ficava na rua todo mundo ficava assustado”, contou a diarista Maria Aparecida Negruni de Fraga, 46 anos, prima da vítima.