Sergs debate mobilidade urbana como solução para crescimento das cidades

Sergs debate mobilidade urbana como solução para crescimento das cidades

Encontro contou com participação de secretários de Porto Alegre, Canoas e empresários

Christian Bueller

Live ocorreu nesta quinta-feira

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A Sociedade de Engenharia do RS (Sergs) promoveu, nesta quinta-feira, uma live em que debateu a mobilidade urbana como solução inovadora para o crescimento das cidades.

Participaram o secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre (SMMU), Luiz Fernando Záchia, o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Capital, Cezar Schirmer, o secretário de Governança de Canoas, Felipe Martini, o CEO da empresa Aerom Sistemas de Transporte S.A., Marcus Coester, e o coordenador da Comissão de Transportes e Logística da Sergs, João Fortini Albano. 

Os secretários da Capital apresentaram o plano de mobilidade da atual gestão e os desafios para os próximos anos. Atualmente, há 58,73 quilômetros de extensão cicloviária que deverá receber, até o fim de 2021, mais dez.

Outra ampliação prevista é na estrutura do transporte coletivo. Porto Alegre tem 37,9 quilômetros de faixas exclusivas de ônibus e 56,3 quilômetros, totalizando 94,2 quilômetros. A projeção é a implantação de mais 50 quilômetros de faixas exclusivas até dezembro deste ano. 

Projetos

Entre os projetos da SMMU apresentados na live estão a implantação de “ruas completas”, aquelas que funcionam noite e dia. A primeira via da Capital a ter essa ideia desenvolvida pela prefeitura foi a João Alfredo, na Cidade Baixa. Segundo Záchia, era uma rua de intenso movimento em seu momento boêmio, mas que ficava abandonada durante o dia.

“Uma intervenção de urbanismo tático em um dos cruzamentos da via ampliou o espaço para circulação de pedestres”, informou o secretário. A mudança iniciou ainda na gestão do ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior. 

O plano de mobilidade da cidade ainda inclui um projeto para o Centro Histórico, com estímulo às caminhadas e pedaladas, melhora na acessibilidade e valorização dos aspectos históricos e culturais da região. Desenvolver transporte hidroviário também está nos planos da SMMU.

Estudos da Secretaria detectaram, ainda, a redução de 20 viagens e 1,3 mil ônibus antes da pandemia para 9,7 mil viagens em 700 ônibus após março de 2020. A Prefeitura espera concluir os estudos e aprovar a lei do Plano de Mobilidade Urbana de Porto Alegre até abril de 2022. 

A conversa virtual também debateu a agenda de desenvolvimento sustentável da Aerom, que deverá implantar seu modelo de aeromóvel na cidade de Canoas. O projeto, caracterizado pela redução de emissão de carbono em um sistema 100% elétrico, prevê 18 quilômetros de trilhos aéreos e tem estimativa de 82 mil passageiros por dia.

“É um ciclo econômico da cidade inteligentes que interliga mobilidade urbana sustentável, crescimento econômico e desenvolvimento humano”, disse Coester. Além da melhora na mobilidade na região metropolitana, o aeromóvel propõe um sistema de transporte mais seguro, confortável e com redução de fatalidades, pontuou o CEO da Aerom. 


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