Servidores da Corag protestam contra eventual extinção da estatal

Servidores da Corag protestam contra eventual extinção da estatal

Trabalhadores alegam que empresa é superavitária e não há justificativa para sucateamento

Voltaire Porto / Rádio Guaíba

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A Companhia de Artes Gráficas do Rio Grande do Sul (Corag) tem 210 funcionários e, deste total, cerca de 80 realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira. O ato para protestar contra eventual extinção da Corag iniciou em frente à sede da estatal, na avenida Aparício Borges, na zona Leste de Porto Alegre, e seguiu até a avenida Bento Gonçalves, onde houve bloqueios no trânsito.

Um dos líderes do movimento, Rogério Lima, esclarece que o quadro funcional não compreende a proposta da atual gestão. Os servidores afirmam que a Corag é superavitária. “Nos últimos 5 anos, a Corag lucrou R$ 50 milhões e parte dos valores é repassada para o governo do Estado. Mesmo na crise, somente no ano passado, foram R$ 7 milhões de receita. Então, como o Estado mantém ou pretende recuperar outras instituições públicas falidas e, ao mesmo tempo, quer encerrar as atividades de quem dá lucro ?”, questionou.

Os funcionários da Corag ainda defendem a realização de serviços considerados importantes para a gestão pública e para o andamento da sociedade. “Nós temos excelência nos nossos serviços e confeccionamos documentos para o Detran, talões para produtores e para indústria e comércio, além da confecção do Diário Oficial. Para quem o governo vai repassar estes serviços e quais serão os custos, já que hoje o governo tem mão de obra qualificada, além de estrutura com todos os equipamentos necessários?”, enfatizou.

Na base do governo na Assembleia Legislativa, a possibilidade de extinção da Corag é cogitada e o líder do governo, Gabriel Souza, do PMDB, não descarta a medida. Entretanto, até o momento, não há nenhum trâmite no Parlamento neste sentido.

Nesta semana, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu dirigentes para traçar estratégias contra uma potencial política de privatizações da gestão Sartori. A intenção é repassar para a população gaúcha que estatais que estariam na mira do Palácio Piratini são rentáveis. Para a CUT, o risco de privatizações envolve a CEEE, Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Corsan e Banrisul.

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