Servidores da Corsan realizam protesto contra privatização da estatal em Porto Alegre

Servidores da Corsan realizam protesto contra privatização da estatal em Porto Alegre

Projeto de lei que autoriza venda da Companhia pode ser votado nesta terça-feira


Cláudio Isaías

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Os servidores da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) realizaram, nesta terça-feira, uma manifestação contra a privatização da empresa proposta pelo governo do Estado. No Largo Glênio Peres e na frente da sede da empresa, na rua Caldas Júnior, no Centro Histórico, trabalhadores e sindicalistas realizaram discursos contra a venda da companhia. Também foi realizado um abraço simbólico ao prédio.

Em função do protesto, a rua Caldas Júnior ficou bloqueada para o tráfego de veículos entre as ruas Sete de Setembro e Siqueira Campos. Por volta de 12h30min, os trabalhadores iniciaram uma caminhada até a Praça da Matriz.

A Assembleia Legislativa pode analisar nesta terça-feira o projeto de lei de privatização da Corsan. A venda da estatal depende da aprovação de três projetos de Lei, sendo que dois deles tramitam em regime de urgência e já trancam a pauta da Casa.

"Os trabalhadores precisam estar unidos e fortes para combater o desmonte da empresa. A Corsan é fundamental para o funcionamento do Estado” ressaltou o presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch, em crítica ao governo gaúcho pela privatização "às pressas".

A companhia, segundo o Sindiágua/RS, é responsável por 317 municípios e possui uma cobertura de 96,57% no saneamento. A previsão é atingir 99% até 2033 possuindo total condições cumprir as metas do Marco Legal do Saneamento. Com a privatização da empresa, conforme o sindicato, os municípios pequenos poderão ficar sem atendimento, pois não possuem atrativos para a iniciativa privada. 

O presidente do Sindiágua, Arílson Wünsch, disse que a manifestação teve o objetivo de chamar a atenção da sociedade gaúcha pelo momento de entrega de uma companhia de 55 anos. "É uma empresa que presta um serviço de excelência na questão da água", destacou. Wünsch reforçou que a empresa tem capacidade de levar tanto água quanto esgoto sanitário a todo Estado.

A proposta de privatização da Corsan foi anunciada em março pelo governo do Estado, tendo como principal justificativa o novo marco regulatório do saneamento - que prevê a universalização dos serviços até 2033. 


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