Servidores da Fasc fazem protesto e pedem vacina
Trabalhadores da assistência social defendem que são essenciais e que estão há um ano atuando no atendimento a população
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Um grupo de servidores ligados a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) realizou nesta quinta-feira um protesto na frente do Paço Municipal. Os funcionários pediam "Vacina Já". Eles estavam em aproximadamente 50 pessoas e carregavam cartazes onde pediam "Prevenção = Vacina Já", entre outras mensagens.
A psicóloga Samantha Gonçalves, da Fasc, disse que os funcionários estão reivindicando o direito de receberem a vacina contra o coronavírus. A profissional que atua no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) afirmou que os trabalhadores da assistência social são essenciais e estão há um ano atuando na linha de frente. "Estamos trabalhando desde o começo da pandemia e não estamos em nenhuma etapa do plano de vacinação", ressaltou.
Segundo ela, somente na semana passada, atendia mais de 200 imigrantes para entrega de cestas básicas. "Não existe previsão de imunização dos trabalhadores. Estamos na linha de frente e atendemos a população mais vulnerável da cidade", acrescentou.
Conforme Samantha Gonçalves, os servidores municipais estão totalmente expostos e sem previsão de vacinação. "Corremos o risco de contrairmos Covid-19. Para que o atendimento tenha prosseguimento em Porto Alegre das pessoas em situação de vulnerabilidade social, estamos pedindo para vacinação já contra o coronavírus", ressaltou. Para ela, os funcionários da assistência social querem a imunização porque eles são tão linha de frente quanto os profissionais de saúde.
Já Gabriele Burato Farias, assistente social do CRAS Santa Rosa, defendeu vacina para todos os trabalhadores do SUAS, estagiários, terceirizados, serviços gerais e funcionários administrativos. "Todos estão atuando na linha de frente desde o começo da pandemia no atendimento da população em situação de vulnerabilidade social", ressaltou.
Conforme ela, o serviço de assistência social de Porto Alegre não parou de atender quem precisa. "São pessoas invisíveis que precisam do nosso trabalho e nós queremos a vacina para prosseguir como o nosso trabalho", explicou.
ma comissão dos servidores da fundação foi recebida pelo chefe gabinete do prefeito Melo, André Coronel, para quem entregaram a reivindicação da necessidade de vacinação imediata para trabalhadores da Fasc, que foram considerados essenciais na pandemia, pelo decreto municipal 20.534, e que agora não estão dentro do grupo de prioridades para a imunização.
O Correio do Povo pediu uma posição da Prefeitura de Porto Alegre, mas até a publicação do texto ainda não havia recebido.