Servidores da Ufrgs desbloqueiam entrada do Campus do Vale

Servidores da Ufrgs desbloqueiam entrada do Campus do Vale

Estudantes precisaram caminhar da avenida Bento Gonçalves até os prédios durante toda a manhã

Correio do Povo

Estudantes precisaram caminhar da avenida Bento Gonçalves até os prédios durante toda a manhã

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Os Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) desbloquearam por volta das 11h30min desta terça-feira a entrada do campus do Vale, na zona Leste de Porto Alegre. A manifestação impediu desde as primeiras horas da manhã a entrada de ônibus no local. A Carris chegou a providenciar um terminal alternativo perto do campus, que fica na avenida Bento Gonçalves. Segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o trânsito está normal com o desbloqueio da entrada dos coletivos no campus.

O bloqueio causou transtornos para os estudantes que desejavam chegar à aula usando o transporte público. Todos precisaram caminhar da entrada, que fica na avenida Bento Gonçalves, até os prédios. A estudante de Farmácia, Caroline Pormann, disse que andou 15 minutos na chuva para chegar até a aula. "Não me atrasei porque saí mais cedo, mas nem sabia do bloqueio. Foi sorte", disse. O professor, no entanto, segundo relato dela, começou a aula com 30 minutos de atraso para esperar os alunos que foram prejudicados.

A indignação, no entanto, maior foi pelo fato dos carros estarem passando normalmente pelo bloqueio. Mesmo assim, a estudante se mostrou a favor da manifestaçãos do funcionários da Ufrgs. "Acho magnífico e todos devem ter o direito de se manifestar quando e onde decidirem. Agora, trancar os portões da univesidade às 8h e fazer a galera caminhar a pé na chuva até o campus foi sacanagem. A questão é só que os carros passavam e os ônibus não. Ou tranquem pra todos, ou não tranquem", reivindicou em uma rede social Caroline.

Nessa terça-feira, os representantes da Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Assufgrs) bloquearam a entrada do Ministério Fazenda, localizado na avenida Loureiro da Silva.

Uma das coordenadoras da Assufrgs, Bernadete Menezes, disse que a categoria aguarda posição do governo federal sobre a pauta de reivindicações. Ela afirmou ainda que a mobilização ocorre em apoio aos servidores estaduais. "Nossa principal reivindicação é que se cumpra a Constituição Federal e ela diz que o governo precisa rever todo o ano o nosso salário como qualquer trabalhador que tem data-base. Nós não temos isso garantido. O governo está nos oferecendo em quatro anos redução de salário, que representa 21% em quatro anos. Isto é uma vergonha e nós não iremos aceitar", afirmou.

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