Servidores do Judiciário federal no RS paralisam por derrubada de veto de Dilma

Servidores do Judiciário federal no RS paralisam por derrubada de veto de Dilma

Em Porto Alegre, concentração ocorre em frente ao TRT

Vitória Famer / Rádio Guaíba

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Servidores do Judiciário federal no Rio Grande do Sul - justiças do Trabalho, Federal, Eleitoral e Militar -  paralisam as atividades nesta segunda e terça-feira para pressionar pela derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de reposição salarial. A mobilização decorre da sessão prevista para terça, no Congresso, para a apreciação dos vetos da presidente, entre eles, o que trata do reajuste do Judiciário Federal. Em todo o Brasil, sindicatos e a federação nacional da categoria farão os chamados Apagões.

Em Porto Alegre, os servidores se concentram em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (av. Praia de Belas, 1100). Segundo o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do RS (Sintrajufe/RS), Ruy Almeida, a partir das 15h, os trabalhadores vão acompanhar uma sessão no TRT que analisa a proposta da categoria referente a uma extensão de uma parcela salarial que o sindicado pleiteia a todos os servidores.

“Temos uma sessão de interesse da categoria que coincidiu com a nossa mobilização a respeito de uma extensão administrativa de uma parcela que alguns servidores têm recebido. E a título de revisão geral, estamos buscando a extensão para todos, é uma das pautas nacionais da categoria. Hoje, então, vamos fazer uma mobilização às 15h em frente ao TRT e, amanhã, vamos fazer um grande ato público em defesa da derrubada do veto 26 que é a questão da reposição salarial da categoria, veto que já há muito tempo passa sem ser apreciado pelo Congresso Nacional. Nós esperamos que seja apreciado e derrubado para fazer justiça aos servidores que há nove anos não têm nenhuma reposição salarial”, explicou o diretor.

O ato de terça-feira está programado para ocorrer em frente à Justiça Federal de Porto Alegre, no início da tarde (rua Otávio Francisco Caruso da Rocha, 600). À noite, os servidores se reúnem na sede do Sintrajufe/RS (rua Marcílio Dias, 660), onde farão uma vigília para acompanhar, por um telão, a sessão do Congresso Nacional.

Em 2015, o Judiciário Federal realizou a maior greve da história da categoria, com 115 dias de duração. Os servidores ficaram nove anos sem reajuste. O Supremo Tribunal Federal (STF) reconhece que, ao fim de 2015, as perdas salariais chegarão a 49,6%, considerando a inflação do período.

Entenda


Os servidores defendem que seja mantido o projeto de lei do Supremo Tribunal Federal (STF), que previa reposição de até 78%, em seis parcelas. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas vetada em 22 de julho. A derrubada do veto exige apoio de pelo menos 41 senadores e 257 deputados federais, na próxima terça.

Em contrapartida ao veto, o Supremo enviou uma proposta de até 41,47% de reposição, em oito parcelas, até julho de 2019, e em consenso com o governo federal. Segundo os servidores, porém, esse índice não recupera as perdas no período em que os salários não tiveram reajuste.

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