Servidores do MPU decidem manter greve

Servidores do MPU decidem manter greve

Trabalhadores fizeram concentração junto a outras categorias no Largo Zumbi dos Palmares, na Capital

Camila Kila / Rádio Guaíba

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Servidores do Ministério Público da União (MPU), que compreende as carreiras do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público Militar (MPM), decidiram, nesta sexta-feira, manter a paralisação iniciada na quarta-feira em todo o Brasil. Técnicos e analistas da Procuradoria Regional da República da 4ª Região (PRR4), Procuradoria da República do Rio Grande do Sul (PRRS) e Procuradoria Regional do Trabalho da 4ª Região (PRT4) fazem concentração, hoje à tarde, no Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa, em Porto Alegre, junto a trabalhadores de outras categorias do serviço público federal.

Ontem, representantes entregaram, no diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), uma carta endereçada à presidente Dilma Rousseff pedindo a continuidade das negociações com o governo sobre a recomposição salarial. Conforme o diretor regional do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público (Sinasempu), Darci Rodrigues de Almeida, a adesão ao movimento é de mais de 60% entre os 250 trabalhadores dos órgãos na Capital. Ele garante que pelo menos 13 das 18 procuradorias aderiram à paralisação e em cada lugar só há cerca de 15 funcionários trabalhando. No Interior, servidores também passaram a suspender atividades.

De acordo com Almeida, há dois anos a categoria negocia a recomposição salarial. Os projetos de Lei 6.697/2009 e 2.199/2011 tramitaram, respectivamente, por dois e um ano até serem travados pelo Executivo. A desvalorização do poder aquisitivo dos salários dos servidores, segundo o sindicato, levou dezenas de concursados a deixar os cargos em busca de melhores oportunidades.

A evasão se tornou, inclusive, um dos problemas enfrentados no curso do processo de modernização da gestão estratégica do MPF. O reajuste necessário para recompor o valor de compra dos trabalhadores corresponde a 47,7%, de acordo com a entidade.

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