Servidores em greve esperam proposta do GHC

Servidores em greve esperam proposta do GHC

Associação dos funcionários afirmou que próxima paralisação será integral se não houver avanços

Mauren Xavier / Correio do Povo

Funcionários montaram piquete em frente ao Conceição

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Completando mais um dia da paralisação parcial, a mobilização diminuiu na manhã desta quinta-feira entre os servidores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), na zona Norte de Porto Alegre. Mesmo assim, a pressão é forte para que a direção do grupo apresente, no próximo dia 4 de dezembro, proposta para atender as reivindicações das 15 categorias que integram o movimento. Nesta data, ocorrerá novo encontro entre servidores e direção no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Para o presidente da Associação dos Servidores do Grupo Hospital Conceição, Arlindo Nelson Ritter, foi cumprido o acerto feito com o TRT de que seria mantido 80% dos trabalhadores nos setores de emergência e 50% nos demais. Porém, adiantou que se não houver avanços nas negociações, a próxima greve deverá ser integral e por tempo indeterminado. “Só estamos querendo cobrar os nossos direitos. Para atender aos pedidos de médicos e odontólogos, a direção foi rápida. Agora, o caso de mais de sete mil funcionários, está ignorando”, afirmou o presidente. Na entrada do Conceição, funcionários montaram um piquete e, utilizando camisetas pretas, pediram igualdade de direitos.

Segundo a direção do GHC, o atendimento aos pacientes não foi prejudicado ao longo da paralisação. Uma das preocupações era com aqueles que vêm do Interior do Estado para realizar consultas e exames nas unidades do GHC. Como foi o caso de Silvana da Silva que saiu de Encruzilhada do Sul, por volta das 4h da madrugada, para levar a filha Gabrieli, de sete anos, até o Conceição para consultar. A menina tem paralisia cerebral e periodicamente precisa de avaliações médicas no Conceição. “Pelo menos não cancelaram a consulta. Isso é o mais importante”.

A movimentação na emergência, que é a maior do Estado a atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado, a movimentação também era mais tranquila do que o normal. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacir Sclyar, na zona Norte, a procura ficou dentro do padrão. Entre a meia noite e o final da manhã de ontem, cerca de 80 pacientes buscaram o atendimento no local. O tempo de espera médio foi de cerca de 40 minutos.

Enquanto isso, houve aumento no movimento das outras emergências do SUS na Capital. No Hospital de Clínicas, para 49 leitos, estavam em atendimento 143 pacientes. A média na semana anterior, quando não havia ocorrido a paralisação do GHC, era de 110 pacientes na unidade. No Hospital Santa Clara, do complexo Hospitalar da Santa Casa, a emergência funcionava ontem com 31 pacientes em 26 leitos.

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