Servidores municipais realizam caminhada no Centro de Porto Alegre

Os municipários voltaram a protestar depois de desocuparem o prédio na noite de terça. A diretora-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Luciane Pereira, disse que o prefeito impediu que secretários ou qualquer integrante do governo de negociar com a categoria o que mostra o autoritarismo e a intransigência do chefe do Executivo municipal. "Estamos há dois anos sem reposição da inflação e seguimos na luta em defesa da cidade", destacou.

Luciane Pereira afirmou que cresceu a adesão ao movimento por parte dos servidores da saúde, da educação e do DMAE. "Desde o começo da sua gestão, o prefeito Nelson Marchezan Júnior nunca teve diálogo e colocou os servidores municipais como inimigos da sociedade. Os funcionários dedicam suas vidas e seu trabalho para cuidar da cidade e fazer de Porto Alegre um lugar com melhores serviços público para o cidadão", explicou.

Segundo a diretora-geral do Simpa, o prefeito “tenta liquidar com o patrimônio público de Porto Alegre”, o que vai prejudicar a população com a venda do Dmae e a Carris. Além disso, “a cidade sofre com ruas esburacadas e a falta de atenção e recursos na assistência social e na saúde da cidade", acrescentou Luciane.

Logo após a manifestação no Paço Municipal, a categoria saiu em caminhada pela avenida Borges de Medeiros em direção a Casa do Gaúcho no Parque da Harmonia onde foi realizada uma assembleia de avaliação da greve. A caminhada deixou o trânsito lento e congestionado nas avenidas Salgado Filho, Borges de Medeiros, no sentido Centro/bairro, e também na avenida Loureiro da Silva.

Os servidores municipais reivindicam o reajuste dos salários com a reposição da inflação pelo IPCA integral (período de maio de 2016 a abril de 2018 no percentual de 6,85%), perdas históricas na ordem de 8,85%, a melhoria das condições de trabalho com valorização e capacitação dos recursos humanos e reposição dos quadros funcionais.