Servidores municipais vão realizar protestos na terça e quarta em Porto Alegre

Servidores municipais vão realizar protestos na terça e quarta em Porto Alegre

Greve foi deflagrada pela falta de estrutura na Saúde, reposição da inflação e parcelamento salarial

Henrique Massaro

Categoria ressaltou que o atendimento demorado nos serviços de saúde da Capital tem sido uma realidade, mesmo sem greve

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Em nova greve deflagrada nesta segunda-feira, servidores municipais de Porto Alegre vão realizar caminhadas e protestos pelas ruas da nesta terça e quarta-feira. Ainda sem data para encerrar, a paralisação é motivada pela falta de estrutura na área da Saúde, de reposição da inflação há dois anos, de condições de trabalho e de diálogo da Prefeitura, além do parcelamento salarial e dos projetos de lei que estão na Câmara de Vereadores.

A mobilização, que tem caráter de ineditismo, pois, além dos funcionários estatutários do município, conta com adesão dos trabalhadores do Instituto Médico de Estratégia e Saúde da Família (Imesf), deve afetar serviços de diversas áreas. "Como falamos de forma insistente, os servidores fazem parte da gestão, não são inimigos. Nós é que atendemos a população de Porto Alegre, mas infelizmente o prefeito parece que ele não enxerga isso", comentou o diretor-geral do Sindicato dos Municipários (Simpa), Alberto Terres.

Com a adesão de diversos sindicatos e representações, principalmente de trabalhadores da área da Saúde, a greve deve causar uma lentidão nos serviços de pronto atendimento e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. No início da tarde, a categoria, no entanto, ressaltou que o atendimento demorado nos serviços de saúde da Capital tem sido uma realidade, mesmo sem greve.



De acordo com Terres, os pronto atendimentos tem registrado lentidão de até sete horas em dias considerados normais. Apesar de garantir que em áreas de urgência e emergência na população não deixará de ser atendida, o diretor do Simpa orientou que os cidadãos não procurem os serviços municipais, optando por locais como os hospitais de Clínicas, Conceição e Cristo Redentor. "Se for procurar serviços do município, com certeza ficará esperando um pouco mais", comentou.

A partir das 8h30min desta terça, a categoria deve se reunir em frente à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na avenida João Pessoa, onde realizará um ato político em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Em seguida, sai em caminhada que termina em um abraço no Hospital de Pronto Socorro (HPS), que integra o SUS e, na visão dos servidores, tem sido sucateado pela administração municipal.

Uma nova caminhada está marcada na sequência, desta vez em direção ao Paço Municipal. Na sede do Executivo, os trabalhadores em greve pretendem conseguir uma reunião com o prefeito Nelson Marchezan Júnior ou algum representante do governo para garantir uma mesa de negociação.

Outras atividades estão marcadas para amanhã, quando a Câmara retorna de recesso. A partir das 9h, a categoria deve se concentrar em frente ao Centro de Saúde Modelo, de onde sai em caminhada em direção ao Legislativo. No Parlamento, os municipários vão aguardar a reunião do colegiado de líderes, na qual podem ser priorizados projetos. À tarde, os servidores acompanham a sessão.

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