Servidores protestam contra reestruturação da Secretaria da Fazenda

Servidores protestam contra reestruturação da Secretaria da Fazenda

Trabalhadores consideraram uma afronta concessão de gratificações para uma parte dos servidores

Karina Reif

Manifestantes passaram pela Rua dos Andradas e Caldas Júnior

publicidade

Os servidores municipais fizeram ato em frente ao Paço Municipal nesta terça-feira para protestar contra a reestruturação da Secretaria da Fazenda. Um projeto de lei foi aprovado na noite de segunda-feira na Câmara de Porto Alegre. O texto, com emendas, enviado pelo Executivo cria o Tesouro Municipal, a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) e a Receita Municipal. Além disso, define a estrutura básica e as funções desses órgãos. Outra alteração é na Controladoria-Geral do Município (CGM) e na carreira e na remuneração do cargo de Auditor-Fiscal.

O coordenador do Conselho de Representantes Sindicais do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Mário Fernandes da Silva, explicou que os trabalhadores consideraram uma afronta a concessão de gratificações para uma parte dos servidores. “Enquanto isso, não fomos chamados para negociar a nossa data base que é 1º de maio”, declarou. A categoria pede 20% de reajuste, o que inclui a inflação e perdas salariais. O grupo caminhou da prefeitura até a Secretaria Municipal da Educação (Smed) pela avenida Mauá. Depois, os manifestantes passaram pela Rua dos Andradas e Caldas Júnior.

Pelo projeto, deve ocorrer a extinção de 41 FGs e três Cargos em Comissão (CCs) e a criação de 72 FGs e seis CCs, com repercussão financeira calculada, para os exercícios de 2015 a 2017, de, respectivamente, R$ 1,5 milhão, R$ R$ 1,6 milhão e R$ 1,8 milhão. A repercussão financeira estimada enquadra-se, segundo a prefeitura, nos limites Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Conforme a justificativa da prefeitura, a mudança garantiria eficiência, qualidade e continuidade dos serviços prestados à população. O objetivo seria aprimorar o gerenciamento e o desempenho da administração fazendária, o aumento do ingresso de receita e um melhor controle no gasto público.

O Tesouro Municipal será o órgão responsável pela administração financeira municipal, tendo como funções básicas o planejamento, a organização, a direção e a execução das diretrizes da política financeira municipal. Serão extintas as Unidades de Gestão Financeira, cujas atribuições serão exercidas pelo Tesouro, e Normas Técnicas e Orientação, que terá suas atividades principais redirecionadas à Divisão de Auditoria-Geral. As mudanças na CGM incluem a criação da função de Controlador-Geral-Adjunto.

O projeto cria órgão para supervisão das atividades e dos projetos relacionados com a área de TI. Já a Receita Municipal deverá gerir e executar a administração tributária municipal, incluindo a reestruturação da carreira de Auditor-Fiscal da Receita.

Estão previstas mudanças em diversos cargos: Contador passa a se chamar Auditor de Controle Interno, e Técnico em Contabilidade, em Técnico de Controle Interno. A alteração, segundo o Executivo, atende à uniformidade estabelecida para as carreiras fazendárias do controle interno das instituições públicas e a diretrizes determinadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A função de superintendente-adjunto da Receita Municipal também será criada. Os auditores-fiscais da Receita receberão Gratificação de Produtividade Fiscal (GPF), deixando de ser devida, para essa carreira, a Gratificação de Produtividade Fazendária (GRFPO).

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895