Servidores terão curso de igualdade de gênero

Servidores terão curso de igualdade de gênero

Parceria entre Assembleia Legislativa e Escola do MP integra o Movimento Eles por Elas

Mauren Xavier

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Uma parceria entre a Assembleia Legislativa e a Fundação Escola Superior do Ministério Público, firmada na manhã desta quinta-feira, permitirá a formação de funcionários e parceiros na área de direitos humanos. O curso começará efetivamente em março de 2018, com inscrições em janeiro. A atividade integra o Movimento Eles por Elas (He For She, em inglês), que busca promover a igualdade de gênero e o combate à violência à mulher, entre outras frentes.

O curso é apenas a primeira ação da cooperação, que envolve a formação, especialização e aperfeiçoamento técnico de servidores, além do desenvolvimento institucional, por meio da implementação de atividades e ações. Após a assinatura, houve ainda a aula inaugural do curso “Direitos Humanos: História, sociedade e equidade de gênero”, com a coordenadora do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a defesa dos direitos da mulher (Cladem), Rubia Abs.

No momento da assinatura, o presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto, considerou o evento um passo importante na promoção de uma mudança cultural. “Vivemos numa sociedade machista. E ela leva o homem ao pensamento de que ele é super-homem e que tem o direito de decisão em relação à mulher. E o que temos foram 96 mortes de mulheres, em 2016”, afirmou, apontando que na maioria dos casos o crime ocorreu porque o parceiro não aceitou o final do relacionamento. Enalteceu a inovação do curso. “É inovador o que estamos fazendo pelo fim da violência à mulher. Porque essa mudança cultural tem que começar pelos homens”, sentenciou.

Segundo o presidente da Fundação Escola Superior do Ministério Público, David Medina da Silva, mobilizações similares são relevantes, especialmente no momento em que o Brasil é um país que tem “números dramáticos da violência de gênero”. “Esse é um momento de grande satisfação. Uma missão muito bonita, que é realizar esse curso de direitos humanos com o foco na defesa da questão de gênero, que tem sido uma das mais importantes, tanto no cenário jurídico, quanto no político do país”, afirmou.

O subprocurador-geral de Justiça, Cesar de Araújo Faccioli, representando a Procuradoria-Geral de Justiça, também esteve presente e ressaltou a importância da difusão de orientações de combate à violência contra a mulher. “A capacitação acadêmico é fundamental para ampliar o debate sobre o assunto”, disse.

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