Setor da construção civil deve crescer até 5% neste ano, estima Cbic

Setor da construção civil deve crescer até 5% neste ano, estima Cbic

Vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, palestrou em Porto Alegre

Karina Reif / Correio do Povo

Vice-presidente da Cbic, José Carlos Martins, estima que setor da construção civil cresça até 5% neste ano

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Uma demanda maior por investimento na prestação de serviço é o que projeta o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, que palestrou nesta segunda-feira em uma reunião-almoço do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon/RS), em Porto Alegre. A perspectiva de crescimento do setor é de 4% a 5% em 2012, em comparação com o ano passado. “Hoje você sente que o mercado não está tão aquecido como esteve no passado, porque o crescimento dos últimos anos foi acima do normal”, esclareceu.

Na avaliação de Martins, o segundo passo da classe média, que já aqueceu o mercado de consumo, é o da exigência por qualidade. “Não é qualquer país que tem 40 milhões de pessoas mudando de classe. Isso gera uma mudança de hábitos”, disse. O aumento do poder aquisitivo possibilitou que parte da população adquirisse carros, geladeiras e o bem mais desejado, a casa própria. Porém, segundo Martins, o modelo de crescimento baseado no consumo esgotou. “Não adianta a pessoa ter um carro e não poder andar nas ruas. Ter um celular e ele não funcionar”, explicou. A classe média deve pressionar agora mais investimentos públicos e privados. “O governo deve montar parcerias e dar concessão”, observou Martins.

O vice-presidente da Cbic observou que a valorização real dos imóveis tende a se estabilizar. Segundo ele, a velocidade de venda de imóveis está menor, mesmo com o crédito farto. O que deve ocorrer é um crescimento  próximo da taxa de expansão da economia, entre 4% e 4,5% ao ano. O fato de as grandes construtoras terem investido em muitos terrenos nos últimos três anos refletiu em uma valorização da mão de obra, muito demandada no período. Como há um grande número de empreendimentos na planta por vender, as empresas precisam fazer caixa para terminar os prédios. Por isso, estão sendo obrigadas a reduzir os preços das unidades.

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