Setor de alimentos é o mais prejudicado com a greve, diz CDL

Setor de alimentos é o mais prejudicado com a greve, diz CDL

Funcionários tiveram muito trabalho para conseguir chegar aos seus postos de serviços

Mauren Xavier / Correio do Povo

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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Porto Alegre, Gustavo Schifno, afirmou nesta quinta que o setor de alimentos é o mais prejudicado com a greve de ônibus. “Não há o que fazer. Os produtos não têm durabilidade alta e acabam estragando, diferente dos lojistas, que podem acumular estoque. E todo esse prejuízo ficará com o proprietário”, destacou. A preocupação também se refere ao restante do comércio. “Venda não dá para recuperar. Uma venda não realizada é perdida. Os comerciantes terão que administrar os prejuízos internamente”.

O proprietário de uma loja de chocolates no centro, Humberto Paris, é um exemplo claro dessa preocupação. Ele lembrou que a loja não atingirá a meta de vendas prevista para este mês. 

Assim como nos últimos três dias, os funcionários tiveram muito trabalho para conseguir chegar aos seus postos de serviços em função da precariedade do transporte público. E as faltas são inevitáveis. Algumas empresas incentivaram as caronas e até buscaram alguns nas suas residências. “Aqueles que moram mais perto fazemos um roteiro para buscá-los em casa e assim evitar a falta”, comentou Viviane Lenhart.

Em uma banca de frutas localizada ao lado do terminal de ônibus Parobé a queda de vendas em função da greve dos rodoviários totalizou 70% nesta semana. “Simplesmente não sabemos mais o que fazer. Estou tendo que colocar alimentos estragados no lixo”, desabafou Valdemar Celau, responsável pela banca. “Compramos alimentos para vender em um ou dois dias no máximo. Depois disso, eles começam a estragar e não há o que fazer”, lamentou Celau. 


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