Simers denuncia superlotação em ala psiquiátrica do postão da Cruzeiro

Simers denuncia superlotação em ala psiquiátrica do postão da Cruzeiro

Ao longo da semana, cinco adolescentes dormiram em colchões no chão

Bibiana Dihl / Rádio Guaíba

Pela terceira vez neste ano, postão da Cruzeiro é denunciada pela Simers

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Em vistoria na manhã desta quinta-feira, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) constatou, mais uma vez, superlotação na ala psiquiátrica do Posto de Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs), o postão da Cruzeiro, em Porto Alegre. Conforme o sindicato, durante a semana, cinco adolescentes dormiam em colchões no chão por falta de leitos em instituições de referência para encaminhar os pacientes. É a terceira vez no ano que o sindicato leva a público esse tipo de problema – a mesma constatação foi feita em julho e em janeiro.

Quatro adolescentes saíram do local entre a noite passada e a manhã de hoje. Nesta quinta, apenas uma menina de 15 anos permanecia no local. Ela dorme em um colchão no chão há três noites.

A doutora Roberta Grudtner, diretora do Simers, que participou da vistoria nesta manhã, fala que o problema é crônico. Ela adverte para os problemas no tratamento quando crianças e adolescentes são submetidos a essas condições:

“Essas crianças ficam em um local inadequado e expostas a riscos, tanto riscos de terceiros quanto riscos que correm por si mesmas Nós sabemos que, entre as crianças e adolescentes desta idade, houve um aumento em 40% de risco de suicídio, e isto faz com que esta faixa etária seja de extrema vulnerabilidade”, pondera.

O Simers garante que tentou agendar uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde, mas foi informado de que não há agenda disponível. O sindicato cobra a criação de uma emergência psiquiátrica para crianças e adolescentes na Capital, alegando que os problemas psiquiátricos são agravados quando os pacientes são mantidos nessas condições. O Postão da Cruzeiro soma 14 leitos disponíveis na ala psiquiátrica.

A reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas ainda não teve retorno.

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