Simers denuncia superlotação em ala psiquiátrica do postão da Cruzeiro
Ao longo da semana, cinco adolescentes dormiram em colchões no chão
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Quatro adolescentes saíram do local entre a noite passada e a manhã de hoje. Nesta quinta, apenas uma menina de 15 anos permanecia no local. Ela dorme em um colchão no chão há três noites.
A doutora Roberta Grudtner, diretora do Simers, que participou da vistoria nesta manhã, fala que o problema é crônico. Ela adverte para os problemas no tratamento quando crianças e adolescentes são submetidos a essas condições:
“Essas crianças ficam em um local inadequado e expostas a riscos, tanto riscos de terceiros quanto riscos que correm por si mesmas Nós sabemos que, entre as crianças e adolescentes desta idade, houve um aumento em 40% de risco de suicídio, e isto faz com que esta faixa etária seja de extrema vulnerabilidade”, pondera.
O Simers garante que tentou agendar uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde, mas foi informado de que não há agenda disponível. O sindicato cobra a criação de uma emergência psiquiátrica para crianças e adolescentes na Capital, alegando que os problemas psiquiátricos são agravados quando os pacientes são mantidos nessas condições. O Postão da Cruzeiro soma 14 leitos disponíveis na ala psiquiátrica.
A reportagem tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde, mas ainda não teve retorno.