Simers pede interdição do atendimento nas unidades da Fase
Sindicato diz que não há condições mínimas para o trabalho
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De acordo com o Simers, em Porto Alegre, 90% dos internos precisam de tratamento psiquiátrico devido ao uso de drogas. Como alternativa para suprir a demanda médica junto aos internos, o presidente da entidade, Paulo de Argolo Mendes, sugere que sejam as consultas sejam realizadas em leitos vagos da Capital. “Imediatamente, botar em funcionamento leitos que já existem, como é o caso do Hospital Espírita, que tem 200 leitos ociosos”, declarou Mendes. “Precisamos apenas de uma decisão do governador do Estado que diga ‘ponham em condições de funcionamento esses 200 leitos. Em vez de medicar dentro do cárcere, vamos internar aqueles meninos que precisam de internação psiquiátrica, e vamos atender ambulatorialmente por uma equipe especializada, aqueles que precisam de atendimento ambulatorial'”, cobrou o presidente do Simers.
O Cremers classificou a medida como “extrema”. O vice presidente do conselho, Fernando Weber Matos, diz que o pedido de interdição é um processo demorado e que a resposta deve ser dada em até 15 dias. “Estamos avaliando o pedido do Simers. Como autarquia federal, nós somos obrigados a seguir passo a passo a lei”, disse. A questão será tratada em reunião de diretoria, que deve marcar a fiscalização e ouvir os médicos que trabalham nesses locais.
Existem 23 unidades da Fase no Rio Grande do Sul, 15 delas em Porto Alegre. São atendidos cerca de 950 adolescentes.