Simpa avalia questionar na Justiça decreto de Marchezan proibindo greves

Simpa avalia questionar na Justiça decreto de Marchezan proibindo greves

Prefeito de Porto Alegre assinou norma em meio a discussões de direitos dos servidores na Câmara Municipal

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Prefeito de Porto Alegre assinou norma em meio a discussões de direitos dos servidores na Câmara Municipal

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O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) avalia acionar a Justiça para questionar o teor do decreto assinado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior. O texto, que passou a vigorar na sexta-feira, proíbe os servidores de realizarem greve sob o risco de sanções.

Após publicação do decreto, o Simpa adiantou que a assessoria jurídica da entidade passou a estudar a legalidade e constitucionalidade do ofício, que prevê punições e descontos dos dias paralisados. Em nota, o sindicato ressalta que o decreto não tem efeito retroativo, “portanto, não pode incidir na greve de 2017”.

Publicado nessa sexta-feira no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), o texto prevê a abertura de procedimento ou processo administrativo disciplinar para apurar a aplicação das penalidades cabíveis, em caso de paralisação. O decreto também autoriza desconto na folha conforme o número de dias parados. Prevê, ainda, a contratação de pessoal, por tempo determinado, caso haja necessidade, e determina a imediata exoneração de servidores em Cargo em Comissão (CC), função gratificada, posto de confiança ou contrato temporário que participarem de paralisação. Ainda conforme o decreto, servidores que cruzarem os braços também podem responder nas esferas administrava e civil, sem eventual responsabilidade penal.

Marchezan assinou decreto considerando decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF), que apontaram inexistir lei específica regulamentando o direito de greve. A nova determinação passou a vigorar em meio às votações na Câmara Municipal que discutem, inicialmente, as políticas tributárias e, posteriormente, os direitos dos servidores.



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