Simulado do Corpo de Bombeiros mobiliza cerca de 150 pessoas no Guaíba

Simulado do Corpo de Bombeiros mobiliza cerca de 150 pessoas no Guaíba

Atividade simulou o choque de uma embarcação e o resgate de múltiplas vítimas

Franceli Stefani

Evento simulou o choque de uma embarcação em uma boia de demarcação de canal

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O alerta na Companhia Especial de Busca e Salvamento (Cebs) do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, localizado na Avenida Mauá, tocou às 15h desta quarta-feira. Era um aviso que uma embarcação de transporte coletivo acabara de se chocar em uma boia de demarcação de canal, que estava solta, no Guaíba. Imediatamente uma equipe de militares foi destinada para a ocorrência que necessitaria de envolvimento de diversas instituições. O cenário caótico, com pessoas na água, perdidas e em pânico poderia ser real, mas era um simulado de emergência aquático com múltiplas vítimas. Pelo menos 150 pessoas participaram da atividade.

Conforme o comandante do Cebs, major Ingo Lüdke, a situação foi semelhante ao que ocorreria na vida real. O choque, no evento, gerou rompimento do casco, houve entrada de água e pânico nos ocupantes, tanto que alguns passageiros saltaram na água. “Quando aconteceu o acidente o comandante da embarcação informou via canal 16, que é para emergência marítima. Copiamos na sala de operações e foi iniciada a operação de resgate”, detalha. A primeira embarcação enviada verificou a magnitude do evento e repassou a cena, que enviou reforço e acionou os órgãos de apoio. “Uma situação desta magnitude demanda sinergia dos diversos órgãos”, pondera. Mergulhadores, equipes com cães e técnicos atuaram no resgate.

Paralelo ao resgate foi montando um sistema chamado de “comandamento de incidentes”, que tem como foco receber os diversos apoios e atender de forma adequada a vítima. É no espaço que é feita a seleção entre os pacientes verde, amarelo e vermelho. “Uma situação como essa pode ocorrer e simular é muito importante para verificar se os recursos humanos e logísticos estão adequados e em condições de uso. Só vamos saber disso em momento de ocorrência”, expressa. De acordo com o comandante, o que foi trabalhado é a antecipação do problema. “É a cultura de prevenção. Longe de dizer que esse transporte é inseguro, ao contrário, nosso intuito é de mostrar o quão seguro é e verificar o preparo das equipes, caso seja necessário.”

A ação, que contou com apoio do Camatarã da empresa Catsul, teve uma hora de duração, mas caso fosse uma situação real, levaria o dia todo. Participaram os bombeiros da Cebs, a Secretaria dos Portos de Hidrovias (SPH), Marinha do Brasil, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), empresas particulares de transporte de pacientes, Defesa Civil de Porto Alegre e Estado, Academia de Bombeiros, Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Fepam, empresa de transporte hidroviário e a guarda portuária.


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