O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos (Sintect-RS) estima que aproximadamente 70% dos trabalhadores da categoria tenha aderido à greve que começou na noite de terça-feira. Os funcionários rejeitaram o índice de reposição oferecido aos funcionários e repudiam a medida do governo federal que incluiu a empresa no Plano Nacional de Desestatização (PND), iniciando estudos para privatização total ou parcial da companhia.
A categoria aposta que o movimento poderá ser fortalecido, com destaque para os trabalhadores do interior do Estado. "A greve ainda está em construção. Em Taquara e Lajeado, por exemplo, os carteiros aderiram hoje. A greve vai crescendo e, em nível nacional, já há um impacto na empresa, pois os Correios cancelaram a entrega dos objetos qualificados, tais como Sedex e entrega de compras pela internet", conforme o diretor de Comunicação, João Augusto Gomes.
Com o começo da greve, a empresa ajuizou ação de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). A primeira mediação ocorrerá nesta quinta-feira, a partir das 13h30. "Vamos acompanhar com atenção, mas nada muda por enquanto". complementa Gomes. O sindicato deve realizar uma nova assembleia para definir os rumos da greve na próxima segunda-feira.
Os Correios informaram que foram adotadas medidas emergenciais como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Segundo a empresa, a rede de atendimento está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios. Os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje) estão com postagens temporariamente suspensas.
Samantha Klein