Sindicato tenta ampliar adesão de trabalhadores à greve dos petroleiros no RS

Sindicato tenta ampliar adesão de trabalhadores à greve dos petroleiros no RS

Paralisação envolve 12 sindicatos e é contra corte de investimentos na Petrobras

Rádio Guaíba

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O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS) tenta ampliar a adesão à greve da categoria, iniciada nesse domingo em todo o País, mas o feriado e a divisão dos trabalhadores em turnos torna gradativo o início da paralisação. No Rio Grande do Sul, os grevistas fazem mobilização em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. A meta é tentar convencer os demais colegas no próximo turno, das 15h30min, a aderirem ao movimento.

De acordo com o presidente do Sindipetro-RS, Fernando Maia da Costa, a adesão à greve chega a 85% por turno. Como nesta terça-feira ocorre o retorno dos setores administrativos das refinarias e demais locais de abastecimento da Petrobras no Rio Grande do Sul, a previsão é realizar mais uma mobilização em frente a Refap, em Canoas.

“Hoje chega um novo grupo que retorna da folga. Vamos tentar segurá-los aqui, chamar o pessoal para entrar no movimento também. Por turno, por enquanto, nós estamos em uma média de 85% (de adesão)”, explicou o sindicalista.

A greve envolve 12 sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pode afetar, por tempo indeterminado, a produção de derivados de petróleo na Refap, e o recebimento nos terminais de abastecimento da Petrobras em Osório, Tramandaí, Canoas e Rio Grande.

A paralisação, comunicada pela FUP na quinta-feira passada ao Ministério Público do Trabalho (MPT), atinge todas as unidades da Petrobras e se soma ao movimento iniciado no último dia 24 pelos cinco sindicatos representados pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

O sindicato pressiona contra a venda de ativos, o corte de investimentos, a interrupção de obras e a retirada de direitos da categoria. A greve chama a atenção para a necessidade de reposição de pessoal e também do reforço na segurança do trabalho. O dirigente lembra que, ainda que não haja registros no Rio Grande do Sul, só em 2015, 19 trabalhadores morreram em bases da estatal.

A FUP e os sindicatos a ela filiados se valerão de uma decisão judicial, já transitada em julgado, caso a Petrobras retenha trabalhadores nas mudanças de turno, mediante o oferecimento de horas extras, para garantir a continuidade da produção. A pena é de multa de R$ 10 mil por hora em que cada trabalhador permanecer além da jornada, que é de dez horas.

Em nota, a Petrobras informou que está disposta a discutir as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Sobre as mobilizações dos sindicatos, a Petrobras destacou que ainda “não há prejuízos à produção ou ao abastecimento do mercado”.

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