Sintáxi e Ampa-RS avaliam projetos da Prefeitura em tramitação na Câmara
Sindicato irá apresentar propostas de emenda no projeto de redefinição das regras do serviço de táxi
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“O município, parece, quer atacar a categoria no seu sustento”, diz o vice-presidente do Sintáxi, Adão Ferreira de Campos. A obrigatoriedade de exames toxicológicos a cada seis meses tem apoio integral do Sintáxi, com uma condição: “Que o município banque o custo”, defende.
Neste ano o rendimento dos taxistas já baixou 60% devido a concorrência do transporte por aplicativos e crise da economia, afirma. Os exames são bem-vindos e “melhorarão a imagem dos taxistas. Só não podemos pagar por isso”, reitera.
O Sintáxi é contrário à proibição do veículo 1.0 na frota, como consta no PL. “Rodamos na cidade a no máximo 60 quilômetro por hora, motores potentes só aumentam o consumo e manutenção. O conforto e o serviço do 1.0 é igual aos dos demais veículos”. explica o vice-presidente.
Campos concorda com o veto ao uso do GNV em carros 1.0, mas não endossa a proibição. dirigente também critica a cobrança da Taxa de Gerenciamento Operacional (TGO) de oito bandeiradas por mês, prevista no PL.
“Estamos em queda de atividades, essa taxa é inaceitável”, reclama o taxista já tem a despesa da gasolina, pneus, manutenção, duas vistorias por ano e não tem mais como suportar novos gastos, conclui Campos.
Transporte por Apps
Outro PL em pauta na Câmara trata do transporte por Apps. Para a Associação dos Motoristas Particulares e de Aplicativos (Ampa-RS) a TGO de 0,025 Unidade Financeira Municipal (R$ 3,9052) proposta no projeto do município é menos injusta. “É um custo bem menor que os atuais R$ 73,00 fixos por mês que penalizam quem faz poucas corridas”, afirma o presidente Eduardo Gollo.
Conforme a Ampa-RS Porto Alegre tem atualmente entre sete a oito mil profissionais no transporte de passageiros por Apps. A frota de táxis, segundo a EPTC, é de cerca de 3,9 mil veículos.
Já a proibição do recebimento de dinheiro é tema controverso. O certo, diz Gollo, é motorista e passageiro decidirem a forma do pagamento. “Hoje o motorista apenas aceita a decisão do passageiro e isso nem sempre atende as suas necessidades”, observa. O ideal, entende, seria criar um cartão pré-pago ao transporte por Apps. A Ampa-RS apresentará as suas propostas aos vereadores.