Sintáxi e Uber condenam violência contra motorista em Porto Alegre

Sintáxi e Uber condenam violência contra motorista em Porto Alegre

Serviço particular garante assistência a profissional agredido, enquanto sindicato alerta para "insegurança jurídica"

Correio do Povo

Serviço particular garante assistência a profissional agredido, enquanto sindicato alerta para "insegurança jurídica"

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Taxistas e motoristas do Uber estão em campos opostos nas ruas de Porto Alegre. Mas o caso de agressão registrado nesta quinta-feira no Partenon gerou a mesma resposta dos representates de ambos os serviços: repúdio à violência. O motorista agredido foi encaminhado ao Hospital Cristo Redentor, com suspeita de traumatismo craniano.

Em nota, o Uber afirmou que "se solidariza com o motorista parceiro, vítima de um ataque em Porto Alegre. O uso de violência em qualquer forma, sobretudo contra cidadãos trabalhadores, é inaceitável". A organização também garantiu que o profissional receberá todo o “apoio necessário”, com medidas jurídicas para ressarcir seus prejuízos materiais e gastos com saúdo.

A assessoria de imprensa do Sintáxi, por sua vez, enfatizou para todos os trabalhadores que "não respondam jamais com violência". Sobre os dois agressores levados ao Palácio da Polícia, o sindicato avaliou que "responderão pelo que fizeram" nos trâmites legais.

O sindicato garantiu que até mesmo protestos e interrupções de trânsito estão sendo desencorajados. "Agressão física e dano material não resolvem o problema. Precisa de uma solução jurídica", reforçou o sindicato. "Tivemos reuniões com sindicatos de dez cidades e a posição única é de que é necessária uma legislação federal: ou regulamenta ou proíbe qualquer tipo de aplicativo ou sistema. Não há lei clara", explicou o Sintáxi.

Apesar de sublinhar que "agressões ou trancar ruas só vai gerar antipatia", a assessoria do sindicato alerta para a insegurança jurídica da situação. "Não temos poder nem controle sobre ações de taxistas. Não vamos ser ingênuos e achar que todos vão ter calma e paciência e não fazer nada disso", ponderou, referindo-se aos cerca de 10,5 mil motoristas na ativa.

Paralelo ao episódio no Carrefour, cerca de 20 taxistas protestaram à tarde em frente a uma emissora de rádio no Morro Santa Tereza. Eles se queixaram de declarações feitas sobre a qualidade dos táxis.

Os atos de violência ocorrem um dia depois da Câmara dos Vereadores aprovar Projeto de Lei para proibir a oferta de serviço de transporte através de dispositivos tecnológicos. O Uber informou que vai continuar operando até eventual sanção do prefeito e esgotamento dos recursos jurídicos, já que considera inconstitucional a norma defendida pelo legislativo porto-alegrense, por contrariar determinação federal.

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