Smic não tinha registro de que ONG ocupava terreno público na Capital

Smic não tinha registro de que ONG ocupava terreno público na Capital

Polícia Civil tenta esclarecer por que a área foi autorizada para uso comercial, sem o aval do Legislativo

Renata Colombo / Rádio Guaíba

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Um dia depois de instaurar um inquérito sobre o impasse envolvendo uma empresa privada e uma ONG ambiental que teve a sede demolida, em Porto Alegre, a Polícia Civil confirmou a legalidade do alvará provisório concedido pela Prefeitura à Peruzzatto & Kindermann, mas ressaltou que o documento não permitia pôr o prédio abaixo. A titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente, Elisângela Reghelin confirmou, ainda, que não constava, nos registros da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) a informação de que o terreno, no bairro Praia de Belas, havia sido cedido à Agapan e, sequer, que se tratava de uma área pública.

Elisângela já tomou o depoimento do titular da Smic, Valter Nagelstein, e de um dos supostos proprietários da empresa que pretendia instalar uma pizzaria no espaço onde ficava o galpão de madeira que servia de sede para a ONG, derrubado na última segunda-feira. Além da demolição, a polícia tenta esclarecer por que um terreno público foi autorizado para uso comercial, sem processo e sem autorização do legislativo. Os depoimentos devem ser concluídos até o fim da semana que vem. O Partido Verde prepara para o próximo sábado um protesto contra a destruição da sede da associação.

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