Smic prepara novas ações para monitorar bares da Cidade Baixa

Smic prepara novas ações para monitorar bares da Cidade Baixa

BM fechou estabelecimentos na quinta-feira por perturbação da ordem

Cláudio Isaías

Manifestação contra a interdição está sendo organizada nas redes sociais

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A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) pretende realizar, nos próximos dias, novas ações para monitorar os bares da Cidade Baixa para verificar o cumprimento do decreto relativo ao horário de fechamento dos bares. O secretário Humberto Goulart disse que a interdição dos bares Villa Acústica, Bar Garibaldi, Made in Brazil, Cachorro do Élio, Eskina’s Bar, posto BR e Bar do Sandro, na quinta-feira, foi uma ação realizada a pedido da Brigada Militar, devido a reclamações de moradores e da Associação dos Comerciantes do bairro Cidade Baixa.

Na solicitação, a BM afirma que o consumo de bebidas alcoólicas na rua resulta em perturbação da ordem, gritaria, garrafas quebradas e consumo de drogas por parte de alguns frequentadores. Para Goulart, a ação busca harmonizar o convívio entre moradores, comerciantes e pessoas que buscam entretenimento nos bares, para que ninguém seja prejudicado. Conforme o secretário, os agentes alertam os comerciantes sobre o cumprimento do decreto relativo ao horário de fechamento dos bares. Depois disso, ocorre o monitoramento do estabelecimento para verificar se o decreto está sendo cumprido.

O secretário Humberto Goulart explicou que a iniciativa de interditar os bares na quinta-feira faz parte da Operação Sossego, que teve início em 23 de julho. Na época, os fiscais interditaram os estabelecimentos Zumbi, Van Gogh, Tapas Bar, Bahamas, Porto Carioca, Mulligan e Pinguim por descumprimento do decreto 17.902, de 8 de agosto de 2012, que regula o horário de fechamento dos bares e restaurantes na Cidade Baixa.

O presidente da Associação dos Comerciantes do bairro, Moacir Biasibetti, diz que os bares precisam se adaptar à mudança do perfil do público, mais disposto a consumir dentro dos bares e a pagar mais caro por cervejas especiais. “Têm que se adequar, não vender bebida na rua e não fomentar esse tipo de comércio que incomoda os moradores”, explicou.

Segundo Biasibetti, a comunidade está revoltada com o que acontece na rua. Além do barulho durante as madrugadas os moradores reclamam que as ruas do bairro são usadas como banheiros, já que os bares interditados não oferecem estrutura suficiente para o número de clientes.

Nas redes sociais, os frequentadores dos sete bares fechados estão organizando uma manifestação para o final de semana na Cidade Baixa. O grupo pedirá a reabertura dos estabelecimentos fechados pela fiscalização as Smic.

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