Sob ameaça de corte do ponto, servidores da Capital paralisam
Categoria irá avaliar possibilidade de greve em assembleia à tarde
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De acordo com a diretora do Simpa, Carmem Padilha, a categoria exige aumento salarial de 15%, sendo 10% relativos a perdas e 5% à inflação acumulada. Além disso, os servidores querem aumento do vale alimentação para R$ 21,60; cumprimento da lei que prevê a equiparação das faixas iniciais ao salário mínimo nacional; efetivação do IPE-Saúde como plano de atendimento; inclusão da hora extra e do regime de trabalho no cálculo de aposentadoria; e plano de carreira com isonomia para todos os trabalhadores.
”O governo se recusa a negociar. Nosso desejo não é só a reparação da inflação ou aumento, mas melhores condições de trabalho. A adesão está satisfatória e apenas o atendimento dos serviços essenciais está mantido”,
argumentou Carmem, ao destacar que o município está sendo intransigente com as reivindicações ao não reconhecer as perdas salariais dos trabalhadores.
O secretário de Coordenação Política e Governança Local, Cezar Busatto, destacou que a paralisação ocorre em momento inoportuno e que o governo mantém negociação constante com a categoria. “Estamos conseguindo
benefícios para os servidores, cumprindo cláusulas estabelecidas, mas iremos realizar desconto salarial para os que optarem pela paralisação”, alertou.
A possibilidade de corte no ponto dos servidores surpreendeu os manifestantes. Segundo a diretora do Simpa, a medida anunciada pela Prefeitura vai contra o direito dos trabalhadores. “Esperamos que seja apenas uma ameça, porque se optamos por fazer a paralisação é porque não houve avanços na negociação. A solução não é a repressão, mas o diálogo”, afirmou.
Conforme o sindicato, às 14h uma nova assembleia da categoria ocorre no Centro de Eventos do Parque Harmonia, para avaliar a possibilidade de greve. “ Não descartamos a possibilidade, mas, até agora, queremos o diálogo, ainda que o governo se recuse a nos receber”, disse Carmen.
A paralisação afeta alguns serviços, como o funcionamento de escolas da rede municipal. Segundo a representante do Simpa, 90% das instituições está com atendimento parcial. Já os postos de saúde não tiveram maior impacto, de acordo com o sindicato. As secretarias de Saúde e Educação ainda não confirmaram os números.