Sobe para 140 número de municípios em situação de emergência

Sobe para 140 número de municípios em situação de emergência

Ainda há quase 7,9 mil gaúchos fora de casa devido às enchentes

Correio do Povo

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O número de municípios atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 166. Conforme boletim da Defesa Civil do Estado divulgado às 7h desta terça-feira, 140 decretaram situação de emergência e dois - Barra do Guarita e Iraí - estado de calamidade pública.

Ainda há 7.881 pessoas fora de casa devido às cheias dos rios. São 711 desabrigados - em abrigos municipais -  e 7.170 desalojados - em resdiências de parentes e amigos. A situação mais preocupante ainda é na Fronteira Oeste: em Itaqui, há 110 desabrigados e 570 desalojados. Já em Uruguaiana, há 236 desabrigados e 5.821 desalojados.

Previsão do tempo

A terça-feira seguirá com predomínio de sol no Rio Grande do Sul mesmo com a formação de algumas nuvens, segundo a MetSul Meteorologia. A nebulosidade aumenta no Oeste, área de Uruguaiana, onde o tempo deverá se instabilizar com chuva.

Pode ocorrer instabilidade ainda em pontos da fronteira com o Uruguai até o fim do dia. Mesmo que o calendário indique metade de julho, os gaúchos terão outra jornada muito amena para esta época do ano com marcas acima da média histórica do período. A manhã é amena e a tarde muito agradável, até quente no Noroeste.

El Niño

Os dois principais centros meteorológicos mundiais que monitoram o Pacífico mantêm suas previsões de El Niño neste segundo semestre. O serviço meteorológico do governo dos Estados Unidos (NOAA) indica chance de 70% a 80%. O australiano BoM aponta 70%.

A MetSul é mais cautelosa. As anomalias de temperatura de superfície do mar (TSM) atingiram valores de 0,5ºC ou mais no Pacífico Central (região Niño 3.4) no outono, condizentes com El Niño, mas não se mantiveram. Eram de 0,3ºC na última semana, marca típica de neutralidade (ausência de El Niño/La Niña). Relevante é que as áreas com águas mais quentes abaixo da superfície do mar diminuíram muito, o que complica caracterização de evento do fenômeno no curto prazo.

Já o forte aquecimento do Pacífico Leste (região Niño 1+2), com anomalia de TSM de 2,1ºC em junho, maior desde 1998, em nossa opinião influenciou a chuva extrema no Sul do Brasil no mês passado, mas na última semana as anomalias nesta região caíram para 1,1ºC.

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