Sobe para 745 número de casos de microcefalia no país desde outubro
Foram confirmados 37 óbitos de crianças com a má formação até o último dia 5, e outros 102 estão sendo investigados
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“Só um pequeno número dessas confirmações deve ser por outras causas”, disse o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch em coletiva à imprensa. Para ele, perto do aumento de casos da malformação ocasionados pelo vírus Zika, as outras causas perfazem número irrelevante. A microcefalia pode ser causada por outras infecções, como sífilis, rubéola e citomegalovírus, entre outros fatores. Mais 4.231 casos em que há suspeita das malformações estão sendo investigados para confirmação ou não do quadro.
Desde outubro do ano passado foram notificados 6.158 casos suspeitos de microcefalia no Brasil. Destes, 1.182 foram descartados. As investigações começaram em novembro, mas há registros de crianças nascidas com a malformação antes disso.
Até o dia 5 de março foram registrados 157 óbitos de crianças com indícios de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Destes óbitos, 37 foram confirmados para microcefalia e ou alterações do sistema nervoso central, 28 foram descartados e 102 seguem em investigação.
Novo protocolo é adotado
Os dados divulgados hoje fazem parte do registro de casos levando em conta um novo protocolo do Ministério da Saúde que estipula novas medidas máximas do perímetro cefálico para suspeita de microcefalia: 31,9 centímetros para meninos e 31,5 para meninas. Ou seja, serão notificadas crianças com o perímetro da cabeça menor ou igual à medida estipulada. A mudança de protocolo seguiu recomendações da Organização Mundial da Saúde.