Sobe para 745 número de casos de microcefalia no país desde outubro

Sobe para 745 número de casos de microcefalia no país desde outubro

Foram confirmados 37 óbitos de crianças com a má formação até o último dia 5, e outros 102 estão sendo investigados

Agência Brasil

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Boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde confirmou 745 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso sugestivas de infecção congênita, distribuídos por 18 estados do país – na semana passada eram 641. Por enquanto, 88 foram confirmados para relação com a infecção pelo vírus Zika, mas, de acordo com o Ministério da Saúde, esse número não representa adequadamente a totalidade de casos relacionados ao vírus. Os dados são de outubro do ano passado a 5 de março. No Rio Grande do Sul, das 43 suspeitas notificadas, 16 foram descartadas, uma confirmada (envolvendo um bebê de Esteio) e 26 seguem sob investigação.

“Só um pequeno número dessas confirmações deve ser por outras causas”, disse o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch em coletiva à imprensa. Para ele, perto do aumento de casos da malformação ocasionados pelo vírus Zika, as outras causas perfazem número irrelevante. A microcefalia pode ser causada por outras infecções, como sífilis, rubéola e citomegalovírus, entre outros fatores. Mais 4.231 casos em que há suspeita das malformações estão sendo investigados para confirmação ou não do quadro.

Desde outubro do ano passado foram notificados 6.158 casos suspeitos de microcefalia no Brasil. Destes, 1.182 foram descartados. As investigações começaram em novembro, mas há registros de crianças nascidas com a malformação antes disso.

Até o dia 5 de março foram registrados 157 óbitos de crianças com indícios de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Destes óbitos, 37 foram confirmados para microcefalia e ou alterações do sistema nervoso central, 28 foram descartados e 102 seguem em investigação.

Novo protocolo é adotado

Os dados divulgados hoje fazem parte do registro de casos levando em conta um novo protocolo do Ministério da Saúde que estipula novas medidas máximas do perímetro cefálico para suspeita de microcefalia: 31,9 centímetros para meninos e 31,5 para meninas. Ou seja, serão notificadas crianças com o perímetro da cabeça menor ou igual à medida estipulada. A mudança de protocolo seguiu recomendações da Organização Mundial da Saúde.

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