STJ nega recurso e motorista que atropelou ciclistas deve ir a jurí popular

STJ nega recurso e motorista que atropelou ciclistas deve ir a jurí popular

Eventos cobram punição aos crimes e mais respeito aos ciclistas no cotidiano

Bibiana Borba / Rádio Guaíba

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Na data que marca os quatro anos do atropelamento coletivo de ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o recurso mais recente da defesa do motorista. O processo estava parado no tribunal, em Brasília, há quase um ano. Com a decisão do ministro Rogério Schietti Cruz, divulgada nessa manhã, fica mantida a previsão de júri popular para o condutor, por tentativa de homicídio de 11 pessoas. Os advogados tentavam minimizar a acusação, para tentativas de lesão corporal, que levariam o réu apenas ao julgamento de um juiz criminal.

Os protestos de ciclistas para cobrar punição mais ágil ao motorista estão marcados para hoje, amanhã e sexta-feira, em Porto Alegre. As manifestações estavam anunciadas desde a semana passada. O ciclista Marcelo Kalil, que criou a associação Mobicidade após testemunhar o atropelamento, espera que a violência da cena não seja esquecida. A ideia das manifestações é lembrar o caso como mais um registro do desrespeito cotidiano a quem usa a bicicleta como meio de transporte. A punição ao taxista que atropelou e matou o arquiteto Joel Fagundes, há poucas semanas, na zona Norte da Capital, também será cobrada.

O coletivo Massa Crítica, a Mobicidade e outras entidades que defendem a cultura da bicicleta participam da organização das manifestações, na Capital. Nesta quarta-feira, os manifestantes vão até o prédio do Tribunal de Justiça, a partir das 17h, e devem começar a percorrer a região central a partir das 19h. O mesmo trajeto do dia do atropelamento, com início no Largo Zumbi dos Palmares, será repetido ao final da tarde da quinta-feira — em uma pedalada pelada — e na sexta, na tradicional bicicletada do Massa Crítica.

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