Superlotação das emergências na Capital ganha dimensões de calamidade pública, diz Simers

Superlotação das emergências na Capital ganha dimensões de calamidade pública, diz Simers

Para sindicato, caos nos hospitais aponta o esgotamento histórico do SUS

Caetanno Freitas / Rádio Guaíba

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A superlotação das emergências dos hospitais da Capital ganhou dimensão de calamidade pública. A opinião é do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que também aponta esgotamento histórico dos serviços do Sistama Único de Saúde (SUS), como o Hospital Conceição, que registra 155 pacientes para apenas 49 vagas hoje.

O Hospital São Lucas da PUC registrou, nesta terça-feira, 44 pessoas sendo atendidas para 15 vagas disponíveis. No Hospital de Clínicas, a situação se agrava: são 120 para 49 leitos. A Santa Casa recebe, hoje, quatro vezes mais pacientes do que suporta. São 32 pessoas para oito leitos. E o caos nas emergências se reflete também nos setores privados. Os pacientes do Hospital Mãe de Deus esperam por até quatro horas para serem atendidos, por convênio, na emergência da Instituição.

Uma reunião entre governo do Estado, Ministério Público Estadual (MP), Prefeitura, Simers e Grupo Hospitalar Conceição ocorre nesta tarde, na sede do MP, para apontar soluções para o caos nas emergências. Antes do ínicio do encontro, o secretrário municipal da Saúde, Carlos Henrique Casartelli, defendeu uma reestruturação da Saúde em Porto Alegre. Disse, ainda, que "a população deve cobrar esforços do Estado" e que não acha que a responsabilidade seja do município. Nessa segunda, Casartelli descartou decretar estado de calamidade pública na Saúde na Capital.

A vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, também falou à imprensa e ressaltou a necessidade da criação de novos leitos na Capital. Ela destacou o atraso no processo de instalação das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) no Estado, que supririam esta necessidade urgente nas emergências. Afirmou também que a greve dos médicos residentes "não atinge a população em geral".

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