Supermercados de Porto Alegre têm domingo tranquilo, mas clientes relatam aglomerações

Supermercados de Porto Alegre têm domingo tranquilo, mas clientes relatam aglomerações

Cidade voltou a adotar medidas mais rígidas no combate à pandemia do novo coronavírus

Gabriel Guedes

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A manhã deste domingo nos supermercados e hipermercados de Porto Alegre foi sem tumulto ou estabelecimentos aparentemente lotados. Mas clientes têm relatado que nem sempre está sendo assim, o que acaba corroborando com o que o prefeito Nelson Marchezan Júnior afirmou na sexta-feira que estes estabelecimentos estão gerando aglomerações de pessoas com mais frequência. A declaração foi feita durante o anúncio sobre o retorno de medidas mais rígidas como forma de frear o aumento de casos da Covid-19. A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), entidade que representa o segmento, afirmou que os estabelecimentos já vêm atuando para atender seus clientes com a devida segurança.

O vendedor Thomas Ferreira, 25 anos, que mora na Cidade Baixa, costuma quase sempre ir em um supermercado que fica na Rua da República, mas conta que o controle de acesso e temperatura dos clientes nem sempre era realizado. “Na semana passada estava lotado. E também não são todos que estão conferindo”, conta. A gerente do estabelecimento, que prefere não se identificar, afirma que o supermercado onde trabalha fornece ainda álcool gel e tem restringido o acesso à 130 pessoas simultâneas. “Mas nunca deixamos atingir isso. Até por que temos sido fiscalizados direto”, garante.

Em um pronunciamento oficial, realizado no final da tarde de sexta-feira, o prefeito havia feito um alerta aos supermercadistas, para que adotem medidas que evitem aglomerações. “Teremos que buscar alternativas de restrições, se supermercados e hipermercados de Porto Alegre não apresentarem mudanças nos próximos dias. Há registro de superlotação dos estabelecimentos e, para que isso não ocorra, é preciso que ampliem os horários de atendimento”, salientou Marchezan. Segundo ele, se isso não ocorrer nos próximos dias, as restrições serão inevitáveis.

Por sua vez, a Agas prefere adotar uma postura mais compreensiva. O presidente da entidade Antonio Cesar Longo, optou por não falar sobre o assunto. Mas a entidade emitiu uma nota, onde o setor se coloca a disposição para acatar às medidas que forem solicitadas. “A Associação Gaúcha de Supermercados - AGAS informa que o setor acatará quaisquer determinações e sugestões propostas pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre no sentido de minimizar a expansão da pandemia de Covid-19. Os supermercados estão atentos ao seu papel durante este momento e seguirão trabalhando para atender, com a maior segurança possível, às necessidades básicas dos consumidores gaúchos”, conclui o comunicado.


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