Suspenso racionamento de água em Erechim

O superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Paulo Berta, confirmou nesta terça-feira que foi suspenso o racionamento de água em Erechim, no Norte do Estado. A medida de restrição durou 68 dias, superando em mais que o dobro o maior racionamento registrado na cidade até então, que havia ocorrido em 2005 durante 33 dias. Com isso, a cidade que passou mais de dois meses dividida em dois setores, cada um ficando 14 horas seguidas desabastecido, volta a dispor de água durante todo o dia.

A chuva de 55mm no domingo passado contribuiu significativamente para a suspensão da restrição. Avaliações de técnicos da companhia no final da tarde dessa segunda-feira e na manhã de hoje foram enviadas para análise da direção da companhia, em Porto Alegre, culminando com a informação do superintendente, que anunciou o fim do racionamento. Nesta manhã, o nível da barragem da Corsan está 1,91m abaixo do normal. Quando o racionamento foi adotado, em 6 de abril, o nível era de 3,09m abaixo do normal.

De acordo com Berta, para que o reservatório em Erechim retorne ao seu nível são necessários 150mm de chuvas regulares, considerando que a demanda do produto poderá voltar aos níveis normais que a cidade registra. Normalmente, a cidade consome 22 milhões de litros de água por dia.

A Corsan, porém, permanece em estado de alerta, incentivando o consumo racional do recurso. O superintendente observou que a companhia fará um monitoramento permanente do ingresso de água no lago, do nível do reservatório e do consumo. O objetivo é evitar desperdícios, salientou, destacando que no momento Erechim vive um estado de contingenciamento no abastecimento. Os consumidores que forem flagrados desperdiçando água receberão a visita de técnicos da Corsan para uma maior conscientização sobre o uso racional da água.

Berta falou ainda que cálculos feitos pela companhia apontam que se cada morador de Erechim diminuir seu tempo de banho em dois minutos, haverá uma economia diária de 2,160 milhões de litros de água. Se a redução for de quatro minutos por banho, a economia pode diminuir a demanda em 4,320 milhões de litros por dia, além do consumidor pagar menos nas contas de água e luz.

Ainda segundo o superintendente regional, durante o período de racionamento do produto, a companhia conseguiu uma economia média de sete milhões de litros diários. A Corsan entende que um consumo de 20 milhões de litros de água por dia, o que significaria uma redução diária de 2 milhões de litros, seria o ideal neste momento de recuperação do nível do lago.