Tá na Mesa discute a sustentabilidade nos negócios

A importância da sustentabilidade nos negócios foi o tema principal abordado na edição desta quarta-feira, Dia da Indústria, do Tá na Mesa, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), na sede do Palácio do Comércio, em Porto Alegre. Políticos e empresários participaram do encontro. O convidado foi o diretor-geral da CMPC, Mauricio Harger. Ele comentou a respeito dos exemplos de ações sustentáveis da companhia multinacional, que está as que mais preserva o meio ambiente no Rio Grande do Sul, segundo Harger.

A CMPC recebeu uma homenagem, em razão dos 50 anos da inauguração de sua planta industrial. O presidente da Federasul, Anderson Trautmann Cardoso, disse que a sustentabilidade impulsiona o desenvolvimento e o crescimento dos negócios, gerando lucratividade para as empresas. "Esta é uma virada de chave extremamente importante, que acontece nas últimas duas décadas, e com mais força hoje. Podemos permitir sermos sustentáveis, protegendo o nosso planeta, sem abrir mão de sermos competitivos no mercado", disse ele durante sua apresentação.

Já Maurício trouxe dados mostrando que a CMPC preserva 199 mil hectares de florestas no Rio Grande do Sul, sendo a segunda maior produtora global deste item. A empresa também teve faturamento de R$ 6,3 bilhões em 2021. "A sustentabilidade tem sido hoje um pilar estratégico das empresas. Uma companhia que consegue em seu propósito e na gestão de seu dia a dia, introduzir conceitos fortes e metas sustentáveis, acaba tendo capacidade de atrair melhor os talentos, reter profissionais e ser mais atrativas para os investidores", comentou.

Conforme Harger, a empresa tem como objetivo ser a indústria de celulose mais sustentável do Brasil. Para isto, trabalha forte no projeto BioCMPC. São 31 iniciativas, entre modernização operacional, implantação de novos equipamentos de controles ambientais e sistemas de gestão ambiental. O total de investimentos deste programa na unidade da CMPC em Guaíba é de quase R$ 3 bilhões. “Isto significa diminuir a redução de gases do efeito estufa e o uso de água, bem como reaproveitar ainda mais nossos resíduos. Assim, geramos valor e empregos na sociedade do Rio Grande do Sul”, afirmou o diretor-geral da companhia.

Em entrevista coletiva, Harger também sinalizou que a CMPC está buscando startups que trabalham com soluções inovadoras para resolver problemas logísticos da companhia. De acordo com ele, são feitas diariamente 600 viagens com os 250 caminhões de transporte de produtos. “Até o momento não encontramos nenhuma no Brasil”, disse ele. “Não digo que temos um gargalo, mas as oportunidades existem. Se você conseguir melhorar a produtividade daquele ativo, você vai ser mais competitivo e criar um círculo virtuoso de retorno. É um desafio que temos e é global”.