Táxis brancos representam 30% da frota em Porto Alegre

Táxis brancos representam 30% da frota em Porto Alegre

Tradicional vermelho ibérico ainda não foi totalmente excluído

Cláudio Isaías

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Porto Alegre conta com 1.131 táxis brancos, o que representa 30% da frota, que é formada por 3.699 veículos registrados no Sistema de Transporte Público de Porto Alegre (Stpoa), segundo informações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Além disso, a Capital conta com 4.987 condutores cadastrados ativos registrados no Stpoa – números de julho de 2021. O maior ponto de táxi da cidade é o da Estação Rodoviária de Porto Alegre, com 354 prefixos cadastrados, seguido pelo Porto Alegre Airport – Aeroporto Internacional Salgado Filho, com 201 prefixos.

De acordo com o artigo19 da lei 879/2020, a adequação para o uso da cor branca fica definida pela vida útil dos veículos da frota de táxi. A  questão da mudança da cor, em resumo, está vinculada à vida útil do carro. Quando o taxista decidir trocar o veículo ele deverá entrar com o branco, ou se optar por se enquadrar na categoria Executivo, poderá então permanecer no vermelho ibérico. 

A mudança da cor (nova identidade visual) faz da Lei Geral dos Táxis (LGT) que trata ainda da exigência da realização de exames toxicológicos pelos motoristas e o pagamento com cartão de crédito/débito. Também consta da LGT a análise da ficha criminal dos motoristas, definição de um padrão de vestimenta, implementação da categoria executiva (veículos com até três anos de uso) e permite concessão de desconto tarifário para viagens solicitadas pelo aplicativo. 

Os novos veículos que ingressarem na frota de táxis da Capital na cor branca possuem uma faixa vermelha na lateral. Além disso, o vermelho ibérico não foi totalmente excluído. Na época da sanção da lei, o ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior  (PSDB) determinou a manutenção da cor para uma nova categoria executiva dos táxis da cidade. O vermelho ibérico foi instituído em 1973 como a cor oficial dos táxis de Porto Alegre. 

No ponto de táxi da avenida Borges de Medeiros (ponto do antigo Guaspari e hoje das Lojas Lebes), no Centro Histórico de Porto Alegre, o motorista

Amilton Teixeira, com quase 40 anos de profissão, informou que no início a mudança causou uma certa confusão. "Os clientes não estavam acostumados com o carro branco. Graças a Deus vencemos essa etapa", ressaltou Teixeira que dirige um Toyota Etios adquirido há dois anos. 

O taxista Henrique Gandolfi, que também conduz um Toyota Etios, disse que no começo houve uma estranheza dos clientes – o que parece ter sido superado. Ele afirmou que a cor branca contribuiu para diminuir os gastos com o envelopamento do carro. No veículo de cor vermelho ibérico, o custo para envelopamento e pintura chegava a R$ 2 mil. Com o carro branco, onde é feito apenas a colocação do adesivo o custo fica em R$ 150,00.  Já Flávio Menezes, que adquiriu um Voyage disse que os clientes aprovaram o carro em razão do conforto e do espaço, além de terem gostado da cor.

O taxista André Ferreira, que atua no ponto da rua General Câmara com um modelo Sandero, afirmou que branco já vem de fábrica e não é preciso gastar para envelopar. O Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) ressaltou que o fator financeiro ajuda porque a troca de cor tem um custo e o branco já vem de fábrica. 

Em outubro de 2018, o primeiro táxi branco começou a circular pelas ruas de Porto Alegre. O carro de prefixo 3211, do ponto fixo do BarraShoppingSul, na zona Sul da cidade, era do motorista Osmar Fagundes. Ele adquiriu um Chevrolet Cobalt 2018, modelo 2019. Ele trabalhava com uma Chevrolet Spin 2013, vermelho ibérico. Na época, o condutor afirmou que estava "há tempos querendo trocar a cor do veículo".


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