Tapes e Barra do Ribeiro preparam decreto de situação de emergência por conta das chuvas

Tapes e Barra do Ribeiro preparam decreto de situação de emergência por conta das chuvas

Pelo menos 50 pessoas ficaram desabrigadas e foram levadas para abrigo temporário

Karina Reif

Pelo menos 50 pessoas ficaram desabrigadas e foram levadas para abrigo temporário

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Bairros de Tapes e Barra do Ribeiro ficaram totalmente embaixo da água nesta quinta-feira. Ambas cidades preparavam, na manhã de hoje, o decreto de situação de emergência. O prefeito de Tapes, Silvio Luiz da Silva Rafaeli, estava em Brasília, participando da Marcha dos Prefeitos, mas era atualizado pelo chefe de gabinete Guilherme Schinoff de hora em hora sobre a situação do município. Pelo menos 50 pessoas ficaram desabrigadas e foram levadas para a Escola Martha Pereira Barbosa.

O Arroio Teixeira transbordou e invadiu casas do entorno. Os bombeiros voluntários usavam um barco para acessar os bairros e resgatar os moradores. A Vila Nova e a Ilhota estavam entre os locais mais prejudicados de Tapes. Duas pontes ficaram interrompidas e máquinas da prefeitura foram utilizadas para cavar valos e fazer a água escoar das ruas.

Em Barra do Ribeiro, uma barragem particular teria arrebentado no bairro Mate Doce. “Todas as casas do bairro estão alagadas, inclusive a minha. A água está pelo pescoço”, afirmou o músico Eliel Mesquita, 33 anos.

Havia também afetados nos bairros Pavão, Picada e Tangará. O secretário de Obras e responsável pela Defesa Civil de Barra do Ribeiro, José Carlos Santa Helena, não confirmou que a barragem tivesse transbordado. “A água subiu no município de forma geral muito rápido”, declarou. Bombeiros de Guaíba e de Eldorado do Sul foram chamados para auxiliar.

O sargento Wanderlai Munier da Costa do Corpo de Bombeiros da cidade estava de folga e foi convocado para ajudar. Ele disse que os desabrigados estavam sendo levados para o Ginásio de Esportes Gatinão, no Centro.

Em Guaíba, o quartel do 31º Batalhão mutirão ficou alagado e os policiais precisaram varrer o lodo ao amanhecer. Em Canoas, o defensor dos animais Francisco Santos, 42 anos, disse que a casa dele na rua Boa Vista, bairro Rio Branco, também foi atingida e os 16 cães que ele cria estavam sem ter onde se abrigar e sem ração. “As casinhas deles ficaram todas molhadas”, reclamou.

Em Sentinela do Sul, a empresária Eneida Teresinha Damasceno Cintrão, 52 anos, contou que passou a madrugada de hoje tentando desentupir um bueiro da rua Alzira Vencato Dalbem, onde mora. “A via está toda destruída”, descreveu.

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