Tarifa para lotação pode chegar a R$ 5,20

Tarifa para lotação pode chegar a R$ 5,20

Reajuste solicitado pela Seopa, na terça-feira, foi de 18,30% para os coletivos

Jéssica Mello

Valor da tarifa da lotação pode ser até 50% superior à tarifa do ônibus

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Com o aumento da tarifa dos ônibus em Porto Alegre, que deve ocorrer nas próximas semanas, também atingirá o valor cobrado pelas lotações. A tarifa pode passar dos atuais R$ 4,40 para um máximo de R$ 5,20. O Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) solicitou, na terça-feira, um reajuste de 18,30%, o que elevaria a passagem dos coletivos para R$ 3,49. Se esse valor for aprovado, o recálculo do valor do transporte seletivo poderia alcançar até R$ 5,23, sendo arredondado para baixo.

Segundo o coordenador de Regulação de Transporte da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Márcio Saueressig, os valores de reajuste do ônibus e das lotações estão vinculados. O valor da tarifa da lotação pode ser até 50% superior à tarifa do ônibus. De acordo com o presidente da Associação de Transportadores de Lotação (ATL), Magnus Isse, nos últimos dois anos, o reajuste foi de 4,4%. “Com o aumento dos insumos, dos salários dos funcionários e do diesel é impossível congelar o valor do transporte. Até porque há exigências de ar-condicionado, o que eleva o consumo em 20%, e necessidade de acessibilidade com os elevadores, que são usados por menos de 50 pessoas por mês”, ressalta.

Isse afirma que a tarifa atual deveria ser de R$ 5,00. “Não adianta aumentar muito a tarifa, porque os salários não acompanham a inflação e, então, não teremos clientes”, pondera. A frota de lotações de Porto Alegre é de 437 veículos, distribuídos em 31 linhas. A estrutura transporta diariamente cerca de 70 mil pessoas.

Na manhã de terça-feira, o Prefeito da Capital, José Fortunati, e a equipe técnica da EPTC se reuniram para uma primeira análise do reajuste solicitado pelo Seopa. A prefeitura só deve se manifestar sobre o índice depois de algumas reuniões, a portas fechadas, para o cálculo técnico. Depois, a EPTC encaminha a proposta ao Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu), que examina os dados e indica um percentual de reajuste. A sugestão de reajuste é remetida então ao prefeito, para a decisão final.


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