Tartarugas abandonadas são transferidas para lagos de Porto Alegre
Parque Germânia não tem as condições necessárias para a sobrevivência dos animais
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Conforme a bióloga Renata Vieira, o lago do Parque Germânia é artificial e não tem as condições necessárias para a sobrevivência das tartarugas. “Não tem areia para a desova e locais para tomar sol, descansar e hibernar”, disse. O objetivo da remoção foi preservar o ciclo biológico.
“Nessa época, as tartarugas procuram locais para fazer colocação de ovos. O lago do Germânia, por ser um espelho d’água, tem margens de concreto, com borda alta. Para elas, é um estresse, além da questão da falta de alimentação adequada. As pessoas jogam pipocas, pão”, disse. Os locais onde foram colocadas as tartarugas são naturais, com areia, grama e árvores. Por isso, a chance de adaptação e sobrevivência é muito grande. “É comum ver os animais fazendo a termorregulação nas margens desses lagos”, explicou.
A maior parte das tartarugas encontradas é da espécie trachemys dorbigni, mais conhecida como Tigre D’Água Brasileiro. Elas têm mais de 30 centímetros, foram também pesadas e marcadas. A ideia é manter o monitoramento de todos os quelônios nos parques de Porto Alegre. “Temos uma limitação de estrutura, mas esse é um projeto a longo prazo, que já havia sido iniciado e estamos retomando”, explicou Renata.