Tartarugas nascem em casa geriátrica de Porto Alegre
Local, na zona Sul de Porto Alegre, abriga 19 idosos, que agora tem a companhia de 12 filhotes
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A história teve início no dia 5 de janeiro, quando a tartaruga foi encontrada na rua por funcionários da casa geriátrica, provavelmente vinda do Guaíba. O animal foi, então, acolhido para o pátio da instituição, onde foi cuidado, alimentado e ganhou o apelido de Tata. Na última semana, então, quando notou-se que ela estava prestes a colocar ovos, foi aberto um pequeno espaço de terra no jardim do local, onde os ovos eclodiram e nasceram os filhotes.
Segundo o relato de uma das moradoras da casa, Lívia Zimmermann, a Tata voltou para o Guaíba assim que colocou os ovos. Ela tem esperança, no entanto, de que quando chegar a vez de uma das tartaruguinhas ter seus filhotes, retorne para o mesmo local onde nasceu, pois muitas vezes é uma prática da espécie.
Lívia também disse que os moradores da casa pensam em marcar as pequenas tartarugas de alguma forma para que possam ser identificadas, se acaso elas retornarem. Ela ainda afirmou que os moradores vão entrar em contato com o Comando Ambiental da Brigada Militar para saber qual a maneira correta de proceder com os filhotes. Por enquanto, elas estão sendo alimentadas com ração.
De acordo com o responsável pelo Comando Ambiental da Brigada, capitão João Selva, casos semelhantes ao ocorrido com as tartarugas na casa de repouso são bastante comuns, principalmente envolvendo o recolhimento de aves. Quando isso acontece, ainda segundo ele, a orientação é de que as pessoas procurem a Patrulha Ambiental. O procedimento deve ser feito por meio de ligação telefônica para o número (51) 3326-1165 ou até mesmo pelo geral 190.
Conforme o capitão, ao ser acionada, a Brigada Militar envia uma equipe ao local para recolher os animais, caso eles não estejam em seus habitats adequados. Nestes casos, os bichos têm dois destinos em Porto Alegre: por meio de uma parceria com a BM, os animais podem ser enviados a uma clínica veterinária para receber os cuidados necessários e o destino correto. Em outros casos podem também ser doados ao zoológico. No Litoral, por sua vez, a parceria da BM é com o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).