Taxista mais antigo do País comemora 97 anos com festa na Rodoviária de Porto Alegre

Taxista mais antigo do País comemora 97 anos com festa na Rodoviária de Porto Alegre

Juvenal Cunha da Silveira começou a trabalhar como motorista na Capital em 1960, dirigindo um Pontiac

Claudio Isaías

Juvenal nunca levou nenhuma multa ou teve registro de reclamação

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Mais antigo taxista de Porto Alegre e considerado o de idade mais avançada em atividade no Brasil, Juvenal Cunha da Silveira completou 97 anos nesta quarta-feira e foi homenageado por familiares, colegas de profissão e pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). O local para a comemoração não poderia ser outro a não ser a Estação Rodoviária de Porto Alegre, onde há 37 anos, ele trabalha. Acompanhado da filha Rosângela Carpes da Silveira e do neto Felipe Silveira dos Santos, o motorista ganhou bolo, salgados e refrigerantes. Além disso, recebeu da EPTC um cartão representativo pela data e pelo fato de estar há 59 anos na profissão e nunca ter recebido multas ou reclamações registradas em sua ficha funcional na prefeitura da Capital.

Condutor de um veículo Celta quatro portas na cor laranja, ele afirmou que tem ido ao ponto da Rodoviária para conversar com os amigos e também para realizar algumas "corridas" até o complexo da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. "Gosto de uma boa conversa. O segredo para continuar trabalhando é não se estressar com ninguém", ressaltou. Silveira afirmou que não pensa em parar. "Para velho até que estou muito bem", comentou o taxista que começou a trabalhar em Porto Alegre em 1960 dirigindo um Pontiac. Na época, ele atuava no ponto da avenida Presidente Roosevelt, no bairro Floresta, na zona Norte da cidade. Durante sua trajetória trabalhou também em Canoas.

No decorrer dos anos, ele sempre reforça os motivos de continuar firme na profissão. “É fácil. Gosto de trabalhar. Tenho uma vida regrada. Não bebo nem fumo. Não me atrito com ninguém. Respeito todas as leis do trânsito", ressaltou Ele explicou que não usa telefone celular, o que, segundo ele, pode causar acidentes. Ele afirmou que se, por acaso, algum outro motorista xingá-lo, por qualquer bobagem, ele não se estressa. "Deixo a vida me levar, sem pressa. E nesse passo, espero ir bem longe ainda”, acrescentou.

A filha Rosângela Carpes disse que nos dias de chuva a família não deixa seu Juvenal pegar o táxi. Por mais de 50 anos, o taxista foi casado com a dona Maria Suely Carpes da Silveira (já falecida). O casal teve duas filhas, Rosângela e Solange Silveira Weber.

 

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