Telecomunicações perdem espaço, mas se mantêm no topo da receita de serviços, diz IBGE

Telecomunicações perdem espaço, mas se mantêm no topo da receita de serviços, diz IBGE

Receita foi de R$ 162 bilhões, valor inferior ao registrado nos anos de 2014 e 2013

Agência Brasil

São serviços pelos quais as empresas tiveram dificuldades de cobrar, como o whatsapp

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A atividade de telecomunicações perdeu mais de cinco pontos percentuais de peso na receita operacional líquida do setor de serviços, divulgou nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A pesquisa abrange os anos de 2007 a 2015, quando o setor deixou de responder por 18,9% da receita e caiu para 11,3%, o que não alterou sua posição como setor que mais gerou receita em 2015.

No último ano pesquisado pelo IBGE, a receita da atividade foi de R$ 162 bilhões, valor inferior ao registrado nos anos de 2014 e 2013, segundo a Pesquisa Anual dos Serviços (PAS). O gerente do estudo, Luiz André Paixão, destacou que inovações tecnológicas como serviços de streaming e aplicativos de comunicação gratuita impactaram o setor. "São serviços pelos quais as empresas tiveram dificuldades de cobrar, como o whatsapp. Antes, as chamadas eram cobradas. A inflação de telecomunicações foi muito abaixo da economia como um todo", disse.

A segunda atividade que mais contribuiu com a receita total dos serviços foi o transporte rodoviário de cargas, que aumentou sua participação de 9,7% para 10,8%, de 2007 a 2015. Os serviços técnico-profissionais caíram da segunda colocação em 2007 para a terceira em 2015, quando responderam por 10,7% da receita operacional líquida do setor. Com peso de 7,7%, os serviços de alimentação ocuparam a quarta colocação em 2015, com uma alta de mais de dois pontos percentuais em relação a 2007.

Sudeste com peso menor

Sede de mais da metade das empresas do setor (58%), a região Sudeste continua a ter o maior peso na receita bruta dos serviços, com 64% de tudo o que foi gerado no país. O percentual é menor do que o anotado em 2007, quando era de 67,1%, e acompanhou o comportamento dos principais indicadores, que mostraram um crescimento no Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

Em 2015, o Sul concentrava 21,9% das empresas, 16,7% dos empregos e 15,1% da receita bruta do setor de serviços.
Terceiro colocado, o Nordeste tem 11,1% das empresas, 15,2% dos empregos e 10,5% da receita, enquanto para o Centro-Oeste esses percentuais são 7,5%, 7,8% e 7,6%.

A região Norte aumentou seu peso no setor de serviços nacional entre 2007 e 2015. O número de empresas se manteve em 1,5% do total, assim como o pessoal ocupado continuou em 2,9%. A receita bruta caiu de 2,9% do total para 2,8%.

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