Telefones e imagens ajudaram na identificação de matador de taxistas
Jovem de 21 anos assassinava motoristas sem nem anunciar assaltos
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Os agentes calcularam o tempo que ele chegaria aos locais das mortes e de desova dos carros. Com os horários exatos, os policiais procuraram os registros de câmeras de vigilância. Em Porto Alegre, o suspeito aparece usando calça clara, jaqueta escura e carregando uma mala. O objeto, segundo a delegada Melina Zogbi Bueno, seria uma forma de disfarce. Em um dos registros, ele entra no banco traseiro de um táxi, na avenida Assis Brasil. Desconfiado, o motorista pede para ele ir para a frente. Por conta disso, o homem desistiu de matá-lo. Todos os homicídios foram cometidos com o assassino na parte de trás do automóvel. Ele não chegava a anunciar o assalto.
Segundo o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Odival Soares, as investigações estavam bastante avançadas e os detalhes não foram divulgados antes para não atrapalhar a reunião das provas. O delegado Roger Bittencourt, que coordenou o trabalho em Santana do Livramento, informou que o suspeito chegou à cidade no domingo anterior aos crimes. Ele chamou a primeira vítima pelo telefone e a levou para a região de um lago, onde a matou. Logo após, levou o carro para o Uruguai, onde foi flagrado por câmeras. Na Elba de um dos taxistas mortos na Fronteira Oeste, impressões digitais do preso foram identificadas.
Em Porto Alegre, o jovem levou a primeira vítima, Edson Roberto Loureiro Borges, 50 anos, para a Vila Ipiranga, e o matou a uma quadra do local onde havia morado. “Ele tinha familiaridade com a área”, afirmou o delegado Gabriel Bicca, titular da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre.