Temporal derruba ponte e 300 famílias ficam isoladas em Camaquã
Em Santa Cruz do Sul, cheia do Rio Pardinho pode gerar enchente na cidade
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O prefeito Ernesto Molon ainda não consegue mensurar os estragos, nem prever quando os acessos ao município serão liberados. “Precisamos aguardar que a água baixe para analisar todos os prejuízos”, ressaltou. No perímetro urbano, os níveis de água acumulada começaram a baixar em alguns locais, mas a situação é mais preocupante nos bairros Carvalho Bastos e Vila São Carlos, onde famílias foram removidas de áreas consideradas de risco.
No Vale do Rio Pardo, a preocupação é com o nível do rio Pardinho que aumentou quase cinco vezes com a chuva dos últimos dias em Santa Cruz do Sul. Conforme o coordenador da Defesa Civil do município, José Osmar Ipê da Silva, ao meio-dia as águas mediam 4 metros e sete horas depois subiram para 7,2 m. O nível normal é 1,5 metro.
Na altura atual, o rio sai do leito. Caso as chuvas prossigam, pode haver uma enchente de pequena proporção, conforme Silva. Ele ressaltou, porém, que os moradores já se acostumaram com esse tipo de situação e que não deve ser necessária a remoção de famílias ribeirinhas. Mais de 500 residem em bairros localizados na extensão do rio.
As chuvas inundaram 30 casas no município no dia de hoje, mas depois a água baixou e a situação foi normalizada. Uma ponte no bairro Santa Vitória teve a estrutura afetada e foi interditada. Posteriormente, a Defesa Civil solicitou a demolição da estrutura, a fim de evitar riscos à população.
A Direção do Foro da Comarca de São Lourenço do Sul confirmou que, em função da chuva forte, não foi possível acessar a rede de informática do Tribunal de Justiça durante toda a terça-feira. Em função do impasse, as informações e os atos processuais praticados pelo cartório que dependiam de acesso ao sistema Themis não puderam ser atendidos. Uma portaria de suspensão dos prazos processuais deve ser emitida pela Corte.