O desembargador Carlos Cini Marchionatti, da 20ª Câmara Cível, acatou um recurso da montadora e entendeu que a manutenção da liminar em vigor expunha o nome e o prestígio da Volkswagen, com repercussão pesada na economia da indústria automobilística. Na sentença, Marchionatti ainda sustentou que a fabricante alemã "prima pela qualidade da produção". Em entrevista à Rádio Guaíba, o diretor da Concessionária Unidos, em Porto Alegre, Alexandre Ruga, admitiu que a Volkswagen identificou o problema de desgaste prematuro de componentes, mas que todos os casos já foram corrigidos.
De acordo com Ruga, o problema decorreu da incompatibilidade entre o óleo usado nos motores e o etanol. “Quem usou gasolina não teve problema e aqui no Rio Grande do Sul sabemos que o uso só de álcool não é vantajoso economicamente”, citou, explicando que o defeito pode ter atingido um número limitado de gaúchos. De acordo com o Ministério Público (MP), a alteração ocorreu nos modelos de motor 1.0.
Ruga pediu que os clientes da marca aguardem a publicação do chamamento e, só depois, procurem as unidades. “Não há necessidade de correria neste momento”, ponderou. De acordo com o promotor de Defesa do Consumidor Rossano Biazus, que entrou com o pedido de liminar, houve tentativa de fazer uma perícia nos modelos, mas a Volkswagen não aceitou e por isso houve a ação judicial. A investigação começou há pouco mais de dois anos, depois da denúncia de um cliente da marca.
Rádio Guaíba