Tornado provoca danos de 2 mil casas no Paraná
Pelo menos 60 pessoas permaneciam desalojadas após 24h da tempestade
publicidade
Parte da população atingida foi encaminhada para abrigos públicos e uma outra parte foi para a casa de familiares. A Defesa Civil do Paraná, em um trabalho conjunto com o Corpo de Bombeiros, atuava na região e acompanhava a situação para conseguir mensurar o prejuízo financeiro dos municípios.
Desde o final de semana foram atingidas cidades como Araruna, Alto Paraíso, Barracão, São José dos Pinhais, Pérola do Oeste, Vitorino, Ampére e Pranchita. Francisco Beltrão foi o município mais prejudicado com o tornado no começo desta semana, que atingiu principalmente a zona rural.
De acordo com o diretor do Centro Universitário de Estudos e de Pesquisa sobre Desastres (CEPED/PR), vinculado a Coordenadoria da Defesa Civil e da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), capitão Eduardo Gomes Pinheiro, as cidades mais atingidas ficam próximas a divisa com Santa Catarina (SC). “São muitos os municípios atingidos desde a sexta-feira, alguns próximos da divisa com Santa Catarina. O tornado é mais uma das alterações que constatamos desde o final de semana, além das chuvas intensas e granizo”, explicou.
No entanto, apesar da situação dramática enfrentada pela população da região, muitos já estão voltando para as suas casas. “A fiação elétrica também foi atingida e já está em fase final de conserto, mas a comunicação não foi abalada e as pessoas já começaram a voltar para as suas casas e a providenciar o conserto de telhas”, salientou.
Pinheiro alertou para que os familiares dos moradores da região afetada não se desesperem caso não consigam contato. “Pedimos para que os familiares de outros Estados não fiquem desesperados pelo o que está sendo anunciado nas redes sociais, não houve mortes e os municípios já estão se restabelecendo”.
Conforme a meteorologista do Instituto Meteorológico Simepar do Paraná, Sheila Paz, a tempestade já era esperada. “O Simepar havia emitido um alerta de tempestade na região, porque estamos com um ambiente extremamente instável em todo o Estado”, afirmou. “Desde a semana passada, tem chovido muito na região. Um grande volume, que já superou a média histórica e que, só por isso, merece atenção”.