Trabalhadores da Eletrobras entram em greve em Candiota

Trabalhadores da Eletrobras entram em greve em Candiota

Categoria pede reajuste salarial e critica terceirização dos serviços da empresa

Jossicar Saraiva / Correio do Povo

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Cerca de 68% dos funcionários do quadro da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (Eletrobras/CGTEE) que atuam em duas unidades da Usina Termelétrica Presidente Médici, em Candiota, na região Sudoeste do Estado, entraram em greve nesta segunda-feira por tempo indeterminado. A medida segue a decisão tomada na Assembleia Geral da categoria realizada na última sexta-feira.

Segundo o delegado do Sindicato dos Eletricitários do Rio Grande do Sul, Genésio Vieira Avancini, a paralisação, que é nacional, não reivindica apenas reajuste salarial. Ele explica que um dos principais motivos é a terceirização de serviços da Eletrobras/CGTEE, que em Candiota opera com mais de 900 trabalhadores nessa condição. Para Avancini, é injusta a estratégia de não repassar benefícios como transporte, entre outros, aos servidores terceirizados, para reduzir custos operacionais, e protesta contra o sucateamento das unidades que trabalham com o carvão.

Ele informa que os grevistas exigem a reposição de 4,5% correspondentes às perdas que a categoria vem acumulando desde o início do primeiro governo do presidente Lula e critica a direção da empresa por ter encerrado unilateralmente as negociações que vinha mantendo com a categoria. “Só voltaremos ao trabalho quando tivermos as nossas reivindicações atendidas. Se isso demorar muito haverá o risco de desativação das usinas, já que a manutenção deve ser feita sob a fiscalização dos funcionários do quadro e pode faltar logística para os terceirizados” adverte. Por fim, Avancini ressalta que a paralisação só não é total porque é preciso cumprir o que estabelece a Lei de Greve, de manter 30% do efetivo em operação.

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