Trabalhadores suspendem paralisação parcial nas unidades do GHC

Após um dia e meio de paralisação parcial, os servidores do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) decidiram suspender o movimento. Uma assembleia foi realizada na tarde desta quinta-feira e a opção foi feita de forma unânime pelos mais de 1,2 mil presentes. Os funcionários decidiram acatar o que foi combinado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e aguardar uma reunião no dia 4 de dezembro com a direção do grupo. Na ocasião, a expectativa é que seja apresentada uma proposta que contemple reivindicações como vale-alimentação, férias-prêmio, anuênio e isonomia com médicos e odontólogos.

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul (Sindisaúde-RS), Gilmar França, afirma que após a reunião na Justiça do Trabalho haverá uma nova assembleia para definir se o movimento será encerrado ou se haverá outra paralisação.

Ele acredita que a mobilização tenha sido positiva, pois serviu para chamar a atenção para as demandas dos funcionários sem afetar a população. O presidente do Sindisaúde-RS conta que não houve grande prejuízo aos pacientes no período, já que nenhum serviço deixou de ser realizado nos hospitais Conceição, da Criança Conceição, Cristo Redentor e Fêmina, além da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Moacyr Scliar e das 12 unidades básicas administradas pelo grupo. O que ocorreu, de acordo com ele, foi apenas uma espera maior.

França ressalta que foi mantido o acordo firmado na Justiça do Trabalho com a administração do GHC, para manutenção de 50% de atendimento para casos de média complexidade e de 80% nas UTI's e centros cirúrgicos. Conforme ele, a paralisação atingiu cerca de 1/3 dos 7 mil servidores. A informação foi confirmada pelo diretor-técnico do GHC, Neio Lúcio Fraga Pereira, que informou que foi mantido o atendimento adequado nas emergências, UTI's e unidades obstétricas.