Tradicionalistas temem descaracterizar CTGs após força-tarefa
Grupo vai fiscalizar galpões do RS para prevenir incêndios
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A patroa do 35 CTG, Márcia Cristina Borges da Silva, explica que é importante que haja a fiscalização até porque os locais recebem centenas de pessoas. “O que não pode haver é a descaracterização do galpão de estância que representa a história de vida do gaúcho”. Segundo Mela, os frequentadores são favoráveis às medidas de segurança, mas há que se ter um cuidado em não proibir os itens fundamentais para a cultura gaúcha.
A força-tarefa é composta pelo Ministério Público (MP), Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Defesa Civil, prefeituras municipais e Corpo de Bombeiros. O presidente do MTG, Erival Bertolini, ressaltou que não existe CTG sem um fogo de chão, uma churrasqueira e madeira, itens que podem causar riscos e causar incêndios. Ele avalia que é possível projetar os espaços às necessidades exigidas.
Em uma segunda etapa do acordo, será realizada uma planta baixa e o desenho do estabelecimento, supervisionado por um engenheiro e pelo Corpo de Bombeiros, levantando o que é necessário para evitar possíveis tragédias.
Bertolini ressaltou que nunca houve incidentes nos prédios filiados à entidade. Cerca de 1,6 mil CTGs são ligados ao MTG. O promotor da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MP, César Faccioli, explica que o acordo tem o objetivo de adequar os espaços tradicionalistas aos projetos de prevenção contra incêndio.
Após o mapeamento e a realização das plantas, segundo o promotor, o Banrisul deverá abrir linhas de crédito para a realização das obras nos espaços tradicionalistas. Ele ressalta que as demandas são bem menores do que as exigidas em casas noturnas, até pelo número menor de pessoas presentes nos eventos.