Trensurb flexibiliza proposta para evitar greve dos metroviários em meio à Copa
Direção propõe pagar cesta básica, desde que categoria concorde em cancelar entrada em vigor de plano de carreira
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A direção propôs vincular o pagamento de cestas básicas de R$190, solicitadas pelos servidores, ao cancelamento da entrada em vigor do plano de carreira elaborado em maio. O plano também oferece reajuste, de 15% a 17%, a todos os cargos, além da reposição da inflação retroativa a maio.
Na última rodada de negociação, o Sindimetrô reivindicou o pagamento das cestas. Os trabalhadores dizem que os metroviários de Curitiba, Recife e outras capitais já receberam o benefício.
Conforme o presidente do Sindimetrô, Luís Henrique Chagas, o plano de carreira foi montado sem a participação dos trabalhadores e vai contemplar somente os mais novos funcionários da companhia. “Somente os servidores que estão entrando agora na empresa serão beneficiados, já os mais antigos vão receber somente a reposição da inflação”, sustenta.
Ao contrário do que dizem os servidores, o presidente da Trensurb, Humberto Kasper, entende que plano de cargos e salários é irrecusável e vai ser estendido a todos os funcionários. “Eles têm em mãos a melhor proposta do País. Além do plano de carreira, propusemos o pagamento de R$ 700 em vale-alimentação, além de percentual por risco de vida aos operadores”, afirmou.
Se a greve for deflagrada, a empresa pretende ingressar na Justiça para solicitar que 100% dos funcionários sigam trabalhando no horário de pico. Além disso, medidas poderão ser tomadas para evitar o bloqueio das estações do metrô.
Na manhã desta terça-feira, cerca de 150 trabalhadores realizaram um protesto no pátio da empresa com a justificativa de que a Trensurb se recusa a manter a negociação.