"Um passo histórico foi dado", diz Dilma sobre Rio+20

"Um passo histórico foi dado", diz Dilma sobre Rio+20

Conferência ambiental ratificou texto negociado no início da semana sem alterações

AE

Ban Ki-Moon e Dilma Rousseff durante o encerramento da Rio+20

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A presidente Dilma Rousseff declarou, durante o encerramento da Rio+20 nesta sexta-feira, que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável resultou num passo histórico para um mundo mais justo. A presidente do Brasil festejou principalmente o consenso e citou que as resoluções que tratam da erradicação da pobreza e da proteção do meio ambiente são conquistas que fazem o mundo avançar.  Ela reforçou ter sido um "orgulho para o Brasil" sediar uma conferência tão pacífica.

"Celebrar conquistas consensuais significa reconhecer que construções coletivas baseadas na difícil arte do diálogo são mais fortes. São essas conquistas que fazem o mundo avançar. Saúdo e agradeço os esforços de cada um, que permitiram a aprovação do documento", salientou Dilma.

A presidente agradeceu, em nome do país e do povo brasileiro, a vinda de chefes de Estado, que a despeito de suas múltiplas responsabilidades, se deslocaram para o Rio de Janeiro e se dedicaram à aprovação do documento final da conferência. "Um passo histórico foi dado em direção ao mundo mais justo e próspero", afirmou Dilma.

Apesar da exaltação da presidente, o documento final manteve seu conteúdo inalterado, sem tratar de conteúdos polêmicos e considerados importantes para sanar e prevenir problemas ambientais no planeta, conforme diversas ONGs e manifestantes. O texto base, contudo, será adotado por mais de 190 países.

O documento traz compromissos como o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a criação de um Fórum Político de Alto Nível Internacional e o desenvolvimento sustentável com erradicação da pobreza, entre outros. Sua redação, contudo, trata os tópicos de maneiras mais genéricas e sem aprofundamento sobre investimentos e responsabilidades das nações.

Ao final da conferência, Bolívia e Equador fizeram ressalavas a alguns pontos do documento, como a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis. Ambos disseram que não vão aceitar qualquer monitoramento externo a suas políticas energéticas internas. A Bolívia também disse rechaçar o conceito de economia verde que, para o governo, é o mesmo que mercantilizar a natureza.

A Santa Sé, que representa a Igreja Católica e o Estado do Vaticano, fez ressalvas à menção a métodos de planejamento familiar e ressaltou a família como indispensável ao desenvolvimento. Já a União Europeia e o Peru ressaltaram que queriam um documento mais ambicioso, mas consideraram o texto um avanço.


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