Unidades do Farmácia Popular são desativadas devido corte de verbas no interior

Unidades do Farmácia Popular são desativadas devido corte de verbas no interior

Pelo menos oito municípios já tiveram atendimento desativado

Vitória Famer / Rádio Guaíba

Oito municípios gaúchos já tiveram atendimento desativado

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Ao menos oito prefeituras gaúchas já desativaram os serviços das farmácias populares desde o final do mês de maio. Através de uma portaria, o governo federal determinou a desabilitação de 265 unidades em 229 municípios de todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, até o momento, as cidades de Santiago, São Francisco de Paula, Passo Fundo, Montenegro, Gravataí, Erechim, Uruguaiana e Bagé desabilitaram as drogarias.

A medida foi determinada pelo Palácio do Planalto após anunciar que não serão mais destinados recursos à Rede Própria do programa. Com a mudança, quatro medicamentos da lista do Sistema Único de Saúde (SUS), que antes eram distribuídos nas farmácias da rede, serão entregues pelos municípios por meio dos postos de saúde.

Questionadas se o fechamento poderia interferir na distribuição de remédios à população, as prefeituras afirmaram que muitas farmácias particulares já apresentavam convênios com o programa. Além disso, a parceria existe nas próprias farmácias municipais. Com isso, não acreditam que a desativação dos prédios causariam problemas consideráveis aos necessitados.

Em Torres, por exemplo, que estava na lista para a desativação, na verdade, não possuía o serviço em um prédio específico há dois anos. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a prefeitura não havia conseguido renovar o convênio por causa de uma mudança de prédio. Como o novo local para a farmácia não possuía as mesmas medidas do prédio antigo, o Ministério da Saúde não permitiu a renovação. Mas a secretaria afirma que, desde esta época, a distribuição dos medicamentos já era efetuada nas farmácias municipais e particulares.

Porto Alegre manterá serviço ao menos até o fim do ano

As cidades de São Leopoldo e Porto Alegre foram as exceções até agora com relação ao fechamento do serviço. Em São Leopoldo, a atividade vai persistir pelo menos até a próxima segunda-feira – mas já há, assim como em outras cidades, o convênio com outras farmácias. Em Porto Alegre, o trabalho também vai seguir, mas em um período maior: a farmácia popular seguirá operando até o final do ano. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde da Capital, o serviço é vinculado à Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e, conforme a assessoria de imprensa da instituição, a universidade também vai estudar a possibilidade de um novo contrato para o ano que vem.

A reportagem aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde sobre a estimativa do custo que o governo federal deixará de ter com a desativação das unidades.

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